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Programa do Curso - 09, 10 e 11 de Novembro de 2010
09/11/2010 - terça-feira
Médico Ginecologista/obstetra formado pela Unicamp/TEGO-FEBRASGO/ Administração em Saúde (FGV-SP)
Especialista em Fitomedicamentos.
Autor de capítulo do livro "Fitomedicamentos na Prática Ginecológica e Obstétrica" da Dr. Sonia Maria Rolim Rosa Lima - Editora Atheneu e também em capítulo no livro "Fitoestrogênios" do Dr. Edmund Baracat; Geraldo R. de Lima e Mauro Abi Haidar.
Secretário de Saúde Campinas, Vice Presidente COSEMS-SP, Conselheiro CES-SP e membro C.T.MS (1997-2000)
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Continuação do programa do dia 10/11
21:00 - 21:45 Sexualidade Feminina e fitoterápicos. - Sonia Maria Rolim Rosa Lima- FCMSCSP
18:30 -19:00 Secretaria
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Entrevista com a Dra. Lúcia Hime, palestrante do Curso de Fitoginecologia , UNISA.
1-Doutora Lucia, a senhora vem utilizando fitoterápicos no seu dia-a-dia como ginecologista? Qual a sua impressão?
Como autêntica nordestina sempre tive as plantas fazendo parte do arsenal de substâncias utilizadas no tratamento das mais variadas afecções. Claro tudo feito de maneira observacional. A partir do momento que começamos a encontrar evidências científicas que comprovam o que antes era só observacional o meu interesse ficou cada vez maior e desde então introduzi a prescrição de fitoterápicos na minha vida médica.
Quanto a minha impressão, acho que a crença do médico é passada para os seus pacientes portanto a partir do momento que acredito meus pacientes se sentem seguros e em raras situações não aceitam a prescrição.
2-Doutora Lucia, a senhora utilizou óleo de borragem como tratamento do climatério nos seus estudos tanto para seu mestrado, como para seu doutorado. Quanto isso mudou a sua conduta no caso do atendimento dessas pacientes, desde então?
Não falaria que mudou minha conduta. Diria que encontrei mais uma opção para o tratamento dos sintomas do climatério.
3-A senhora acha que, no dia-a-dia do ginecologista, há lugar para o uso de fitoterápicos, com vantagem em relação a outros medicamentos?
Acho que a prescrição de fitoterápicos de maneira consciente e com respaldo científico encontra lugar de destaque no dia a dia do ginecologista. Acho que nenhum medicamento apresenta vantagem em relação ao outro. Cada um tem sua indicação precisa.
4-A senhora, como chefe da clínica ginecológica na UNISA, tem muito contacto com alunos e residentes. Qual a sua impressão sobre a aceitação por parte desses jovens, sobre os fitoterápicos? É diferente do que a senhora observa, quanto a profissionais mais antigos?
Sim. Nos dias atuais existe um interesse cada vez mais crescente por terapias não consideradas convencionais . Na faculdade temos ambulatório de acupuntura e de fitoterapia e percebemos uma grande procura por parte dos alunos. Estamos pensando em criar cursos de extensão na universidade para que possamos oferecer capacitação.
5- Qual a sua opinião em relação à formação das novas gerações, quanto aos fitoterápicos? Mudanças curriculares? Cursos independentes?
Na minha opinião deveríamos ter dentro da grade curricular do curso de medicina a disciplina de fitoterapia. É muito importante que se ensine o mecanismo de ação e a prescrição. Acho que só dessa forma vamos parar de ouvir a frase irritante “ Se bem não faz, mal não faz”.
Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo
1- Dra Sonia, a senhora tem o primeiro ambulatório de fitoterapia em ginecologia num serviço universitário no Brasil. Qual a sua impressão sobre o interesse e a procura dessa terapia por parte das pacientes?
Realmente, nos últimos anos, muito se tem ouvido falar sobre medicamentos que possuem como característica comum serem derivados de produtos ativos de plantas: os fitomedicamentos. Vale lembrar que no Brasil, em 2005, a 11a Conferência Nacional de Saúde recomendou, com ênfase, a implementação de Programa de Fitoterapia na rede pública, com regularização do uso de plantas medicinais, garantindo parcerias com Universidades para pesquisas e controle de qualidade, sob a fiscalização da Vigilância Sanitária. Recomendou, ainda, a regulamentação da produção e comercialização de produtos fitoterápicos e plantas medicinais, bem como a implementação de programas de incentivo ao desenvolvimento de projetos de fitoterapia e o fomento à implantação de laboratórios fitoterápicos, inseridos dentro da política de assistência farmacêutica do Estado.
Em decreto publicado no DOU, em 18.02.2005, foi criado o Grupo de Trabalho Interministerial com o objetivo de formular a proposta da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o que demonstra a preocupação do Estado com essa área da terapêutica, ainda pouco explorada de forma científica, no país.
Desde 1998, após a participação no Encontro Anual de Especialistas da Sociedade Norte Americana de Climatério (NAMS), o interesse pelos produtos derivados de princípios ativos provenientes de plantas foi-nos despertado e pudemos observá-lo, também, entre os profissionais de saúde dos Estados Unidos e do mundo, apesar de ser assunto de sobejo discutido no continente europeu. Trouxemos então a proposta de abrir linha de Pesquisa sobre o tema e tivemos a aprovação do Curso de Pós-Graduação do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Quanto à criação do Ambulatório foi consequência do fato de termos alunos interessados também em fazer pesquisa científica e teses no assunto. Existe também excelente demanda e aceitação por parte das mulheres que procuram e participam dos trabalhos de pesquisa.
2- Em quais situações há maior procura e necessidade do tratamento com fitoterápicos?
Parafraseando as palavras do saudoso Professor José Júlio de Azevedo Tedesco “Considerando-se que os medicamentos sintéticos tiveram sua origem há pouco mais de cem anos, verifica-se que a arte de curar e, dentro deste contexto, a história da própria Medicina, está intimamente ligada ao uso das plantas medicinais. Desde a mais remota Antigüidade, as plantas medicinais fazem parte do arsenal terapêutico do curador. Em escritos considerados os mais antigos, há cerca de 3000 anos a.C os chineses faziam referências à raiz do ginseng como a cura para todos os males; relatavam, ainda, o uso do ruibarbo, do acônito e da cânfora. Hipócrates (460 – 377 a.C.), considerado o “pai da Medicina”, seguido de outros como Dioscórides e Galeno, indicava, para cada doença, ao lado de tratamentos considerados adequados, o tratamento vegetal correspondente. Assim evoluiu o uso de fitomedicamentos até os dias atuais. Em 1978 a Organização Mundial de Saúde, levando em consideração o uso histórico dos vegetais, a facilidade de obtenção, o baixo custo e os efeitos benéficos, determinou o início de programa mundial com o objetivo de avaliação e utilização destes métodos naturais para a cura das doenças”.
Portanto podemos dizer que, em todas as especialidades médicas há medicamentos fitoterápicos que podem ser indicados.
3- Quais as principais vantagens no uso desses fitomedicamentos?
Trata-se de medicamentos então acreditamos que o conhecimento de suas indicações e contra-indicações devam ser respeitadas. A aceitação e a adesão por tratamento com fitoterápicos são altas. O médico deverá saber qual a terapia mais indicada para cada caso. Somos a favor do conhecimento de todas as opções terapêuticas reconhecidas pelos órgãos governamentais sempre visando o melhor para nossa paciente.
4- Qual a sua opinião sobre a possibilidade de desenvolvimento de novos produtos, a partir do uso em ambulatório universitário?
Muito interessante e creio que tal prática deva ser incentivada; novas pesquisas deverão se realizadas em parceria com Laboratórios conceituados, após prévia análise e aprovação dos respectivos Comitês de Ética das Instituições de Ensino.
5- A indústria farmacêutica tem sido acusada de ser contra a fitoterapia, porque plantas não podem ser patenteadas. No entanto, grande número de medicamentos é originado de plantas. Qual sua opinião?
Quando verificamos o grande número de medicamentos derivados de plantas produzidos por Indústrias Farmacêuticas de renome nacional e internacional, reconhecidas pelos Órgãos competentes no Brasil, causa-me estranheza tal afirmação. Creio que deva ser oriunda de pessoas mal informadas.
6-Como docente de uma das mais respeitadas Faculdades de Medicina do país, o que pensa sobre o interesse dos alunos de medicina sobre os fitoterápicos?
Creio ser dever de todo Professor mostrar de modo franco e honesto as indicações e contra-indicações de qualquer medicamento. Procuramos desenvolver em cada um o senso crítico, mostrando as diferentes opções terapêuticas. Sabemos que, grande parte da cura depende da adesão ao medicamento, e este fato relaciona-se diretamente com o modo de atendimento do médico responsável. O conhecimento do uso, as explicações competentes das características próprias cada medicamento são fatores primordiais no sucesso terapêutico. O Professor interessante e interessado pode passar estas recomendações de modo claro e transparente. Notamos interesse crescente dos alunos no tema.
7- Quais sugestões faria no intuito de aumentar o conhecimento desse ramo na classe médica?
Há necessidade de incremento da parceria entre Laboratórios e Centros de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação. Há produtos já regulamentados e muitos outros em fase de pesquisa. O incentivo governamental também é fundamental. Voltando a minha primeira resposta: “....recomendou, ainda, a regulamentação da produção e comercialização de produtos fitoterápicos e plantas medicinais, bem como a implementação de programas de incentivo ao desenvolvimento de projetos de fitoterapia e o fomento à implantação de laboratórios fitoterápicos, inseridos dentro da política de assistência farmacêutica do Estado.” Creio que os setores citados deveriam seguir esta recomendação!
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Entrevista com a Dra. Lana Maria de Aguiar – Assistente Doutora e Chefe do Setor de Patologia Vulvar da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Dra Lana participa do Fitoginecologia em novembro falando do uso de Fitoterápicos em vulvovaginites.
1) Qual é a sua impressão sobre o uso de fitoterápicos para o tratamento de afecções vulvares?
Quando tratamos as doenças vulvares, muitas vezes lançamos mão de fitoterápicos, que associados a antibióticos, antifúngicos, antivirais e outros medicamentos pertinentes para cada caso. Essa abordagem é o que se denomina atualmente a terapia integrativa. Uma terapêutica mais abrangente.
2) Qual sua opinião e experiência com o uso de fitoterápicos em outros problemas do trato genital inferior?
Muitas vezes algumas doenças vaginais (como as leucorréias / corrimentos) são tratadas com medicação fitoterápica, quer seja por via vaginal, quer seja para banhos de assento, externos, fazendo o tratamento da região vulvovaginal. A nossa experiência é maior com o uso de fitoterápico na região externa (vulva)
Costuma utilizar os fitoterápicos em outras situações? Quais?
Além das afecções vulvares, principalmente ligadas ao prurido vulvar e prurido sistêmico, nas quais podemos usar um fitoterápico (óleo de prímula), também o usamos na dor mamária (mastodínia ou mastalgia), tensão pré-menstrual e climatério
Qual o seu conselho aos mais jovens em relação aos fitoterápicos?
Penso que a medicina integrativa seja uma forma válida de melhorar as condições das pacientes. Acredito que em doenças com condutas bem estabelecidas, como as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis ), por exemplo, não devamos trocar o antibiótico ou antiviral já recomendado e reconhecido. Em algumas eventualidades, no entanto, podemos usar a terapia fitoterápica associada a chamada terapia convencional conjuntamente e com reais benefícios às pacientes.
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Conceitos novos - Aprendendo
A Medicina Integrativa é a prática terapêutica que aborda de forma integral e completa o processo de cura do paciente, envolvendo sua mente, corpo e espírito. Ela combina a Medicina Convencional com as práticas de Medicina Complementares, que tenham se mostrado mais promissoras. Exemplo: usar conhecimentos de relaxamento para reduzir o estresse durante a quimioterapia
Dr Paulo de Tarso Lima
Médico Responsável pelo Setor de Medicina Integrativa e Complementar do Programa Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo/SP.
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Reciclagem em Ginecologia Baseada em Evidências
Centro de Convenções Rebouças – São Paulo
Atualize-se no sábado de manhã e ainda aproveite a tarde para o seu lazer!
Pontuação 2,5 pontos. Cadastro no. 21009.
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08:30-10:30 Sessão 1 - Coordenador Edmund Chada Baracat
08:30-08:50 Genitália Ambígua - Como proceder? - Vicente Renato Bagnoli - FMUSP
08:50-09:10 Amenorréia Marcos Felipe Silva de Sá - FMRP-USP
09:10-09:30 Sangramento disfuncional do endométrio - Como
conduzir? - José Maria Soares Júnior - UNIFESP
09:30-09:50 Hirsutismo e Acne - Poli Mara Spritzer - UFRGS
09:50-10:10 Infertilidade no dia-a-dia do Ginecologista - Paulo Serafini - FMUSP
10:10-10:30 Discussão
10:30-11:00 Coffee Break
11:00-13:00 Sessão 2 - Tsutomu Aoki
11:00-11:20 SOP e Infertilidade - Como proceder? Carlos Roberto Izzo - FMUSP
11:20-11:40 Osteopenia e Osteoporose - Angela Maggio da Fonseca - FMUSP
11:40-12:00 Androgênios na pós menopausa - Cesar Eduardo Fernandes - FMABC
12:00-12:20 TH na pós menopausa - Estado atual - José Mendes Aldrighi – Santa Casa SP
12:20-12:40 TH e mama - Afonso Celso Pinto Nazário - UNIFESP
12:40-13:00 Discussão