terça-feira, 26 de abril de 2005

EFEITOS DAS TERAPÊUTICAS COM ESTROGÊNIOS EQÜINOS CONJUGADOS OU RALOXIFENO SOBRE A RIGIDEZ ARTERIAL EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA

Pós-graduando: Altamiro Ribeiro Dias Júnior
Orientador: Prof. Dr. Nilson Roberto de Melo
Data da defesa: 26/04/2005

Introdução: a rigidez arterial é fator de risco cardiovascular pouco estudado e importante determinante de sobrecarga cardiovascular, estando associada ao envelhecimento. Analisou-se a ação das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) ou raloxifeno sobre os índices de rigidez, com o intuito de se observar a influência destas medicações na rigidez arterial, bem como se as mesmas são capazes de influenciar o envelhecimento vascular bem sucedido. Métodos: realizou-se estudo duplo cego, randomizado, placebo-controlado, que envolveu sessenta e sete mulheres saudáveis, normotensas, e com 1 a 10 anos de menopausa, divididas em três grupos de 24, 25 e 18 mulheres. Estas receberam placebo, 0,625mg EEC ou 60mg de raloxifeno, respectativamente, 1 comprimido por dia, por 4 meses consecutivos. Analisou-se a rigidez arterial, através da avaliação das velocidades de onda de pulso carótida-femoral (VOP CF), fêmoro-pediosa (VOP FP), e do índice de amplicaficação (IA) da pressão na artéria carótida. Resultados: não se observou qualquer alteração dos índices de rigidez arterial associada às intervenções farmacológicas no grupo placebo (VOP CF pré x pós: 664x626 cm/s, p=0,09: VOP FP p´rexpós:1006 x 1012cm/s, p=0,77; IA pré x pós=30x29%, p=0,55), no grupo EEC (VOP CF pré x pós: 642x600cm/s, p=0,11; VOP FP préxpós:952 x 971 cm/s, p=0,66: IA pré x pós:25 x 32%, p=0,82)e no grupo raloxifeno (VOP CF préxpós:636x601cm/s, p=0,12; VOP FP préxpós:964 x 941cm/s, p=0,62; IA pré x pós:25x25%, p=0,65). Apesar da ausência de ação das drogas sobre a rigidez arterial, houve uma correlação significativa entre o grau de rigidez arterial basal e a resposta à intervenção farmacológica, particularmente no grupo EEC, de tal maneira que a redução dos indíces de rigidez neste grupo foi proporcional ao nível de rigidez nasal, apresentando as seguintes relações: VOP CF (r= -0,602, p=0,001); VOP FP (r= -0,455, p = 0,022); IA (r= -0,410, p=0,042). Conclusão: EEC e raloxifeno não parecem afetar a rigidez arterial de mulheres sadias e normotensas com menos de 10 anos de menopausa.