terça-feira, 20 de agosto de 2002

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PROTOCOLOS DE ESTIMULAÇÃO OVARIANA CONTROLADA COM AGONISTA E COM ANTAGONISTA DO HORMÔNIO LIBERADOR DAS GONADOTROPINAS HIPOFISÁRIAS EM PROGRAMA DE FERTILIZAÇÃO "IN VITRO" E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES

Pós-graduando: Gilberto da Costa Freitas
Orientador: Prof. Dr. Vicente Mário Valentino Izzo
Data da defesa: 20/08/02
O objetivo deste estudo é comparar o uso do agonista versus antagonista do hormonio liberador das gonadotropinas hipofisarias (GnRH-ag e GnRH-ant), na estimulação ovariana controlada (EOC) , para fertilização in vitro e transferência de embriões, bem como determinar se esses medicamentos são efetivos na prevenção da onda precoce de LH no dia da administração do hCG. Envolveu de forma prospectiva e randomizada 47 mulheres com indicação para FIVETE, distribuídas em dois grupos: grupo A (bloqueio longo com agonista do GnRH, n=23), e grupo B (anatagonista do GnRH, n=24). Os 2 grupos foram submetidos a mesmo esquema de estimulação ovariana, com dose diária de 150UI de FSH-r. Aspectos clínicos e hormonais foram avaliados e comparados entre os grupos: quanto ao número de ampolas de FSH-r (75UI); duração, em dias, do estímulo ovariano; número de folículosno dia da administração do hCG; número de folículos aspirados; número de oocitos identificados e sua classificação; avaliação das concentrações séricas dos hormônios FSH, LH, estradiol e progesterona. O teste t de student para análise comparativa entre os grupos. O número de ampolas de FSH-r 75UI utilizadas e a duração do estímulo no grupo do antagonista do GnRH foram significantemente menores do que no grupo do agonista (p=0,0003 e p=0,0004). Não foi observada diferença significante entre os grupos, em relação ao número de folículos no dia de hCG, número de folículos aspirados, número total de oocitos e suas classificações. os níveis de FSH significantemente maiores no grupo do antagonista no 1º dia do estímulo (p<0,0001). Os níveis de LH no primeiro e no sétimo dia do estimulo, foram significantemente maiores no grupo do antagonista (p=0,0001 e p=0,0017), não apresentando diferença no dia do hCG (p=0,7376). Os níveis de LH no dia da administração do hCG situaram-se abaixo do nível de corte (<10 UI/ml) para a onda de LH em ambos os grupos, em todas as pacientes estudadas. O estradiol teve comportamento semelhante o LH, diferindo significativamente entre os grupos no 1º e 7º dia do estímulo (p=0,0031 e p = 0014), sendo maior no grupo do antagonista. No dia do hCG, não apresentou diferença entre os grupo (p=0,0851).A progesterona não apresentou diferença significante entre os grupos no 7º dia do estimulo e no dia do hCG (p=0,1096 e p=0,3728). O estudo nos permite concluir que tanto o agonista como o antagonista foram equivalentes em relação aos parãmetros clínicos analisados. Além disso, os níveis séricos do LH situaaram-se abaixo dos valores do hCG, mostrando eficiencia na prevenção da onda prococe de LH, tanto no grupo do anatgonista como no do agonista.

sexta-feira, 9 de agosto de 2002

CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS DO COLO UTERINO: SIGNIFICADO CLÍNICO E PROPEDÊUTICA

Pós-graduando: Cíntia Irene Parellada
Orientador: Prof. Dr. Paulo Levy Schivartche
Data da defesa: 09/08/02
Estudou-se o significado clínico das células glandulares atípicas presentes na colpocitologia oncótica, determinando a origem epitelial, localização e natureza das lesões que as originam. No período de janeiro de 1996 a janeiro de 2001, do total de 8807 mulheres atendidas no Setor de patologia do trato genital inferior e colposcopia da FMUS, 57 apresentavam colpocitologia oncotica oncologica com células glnadulares atipicas (0,65%). Destas, 42 foram avaliadas através de propedêutica padronizada que consistia de colposcopia ecto e endocervical, histeroscopia panorâmica do canal endocervical e cavidade uterina, esfregaço endocervical, conização propedêutica, histerectomia e seguimento clínico por 12 meses. Todas as citologias revisadas e classificadas de acordo com o Sistema de Bethesda atualizado em 2001, tentando-se relacionar os qualificadores descritivos citologicos com o diagnóstico final. A média etária foi de 48,9 anos, variando de 21 a 79. Verificou-se que a lesão pode ter origem epitelial tanto escamosa quando glandular. Em relação à topografia da lesão, a mesma esteve restrita à cérvice nas mulheres com idade inferior a 40 anos, podendo ocorrer tanto na cérvice como no corpo uterino em mulheres acima desta idade. Lesão clinicamente significativa da cérvi ce e endométrio, ou seja, patologia pré-invasiva e invasiva, esteve presente em 59,5% das mulheres . A maioria dessas lesões foi diagnosticada durante investigação inicial com colposcopia e histeroscopia, porém alguns alguns diagnósticos só foram possíveis após conização ou histerectomia. Qualificadores descritivos citológicos não conseguiram predize a origem epitelial, localização e natureza da lesão. Conclui-se que, na avaliação das mulheres com células glandulares atípicas na colpocitolgia oncótica, é imprescindível a avaliação colposcopica em todas as mulheres, além do estudo da cavidade uterina em mulhres com idade igual ou superior a 40 anos.