terça-feira, 12 de setembro de 2006

PADRÕES DE RESPOSTA IMUNES EM PACIENTES COM ENDOMETRIOSE

Pós-graduando: Sérgio Podgaec
Orientador: Prof. Dr. Maurício Simões Abrão
Data da defesa: 12 de setembro de 2006

Objetivo: o objetivo deste estudo foi analisar a realação e a predominância dos padrões de resposta imune Th1 e Th2 em pacientes com endometriose. Pacientes e Métodos: entre fevereiro de 2004 e abril de 2005 foram avaliadas 98 pacientes divididas em dois grupos de acordo com a presença (Grupo A) ou ausência de endometriose (Grupo B), confirmada histologicamente. Foram Foram coletados sangue periférico e fluido peritoneal de todas as pacientes para a dosagem de interleucinas (IL) 2,4 e 10, fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) e interferon-gama (IFN-gama) por citometria de fluxo. Além da presença da endometriose, foram analisadas a fase do ciclo menstrual, o quadro clínico, o estadiamento, o local de acometimento e a classificação histológica da moléstia. Resultados: observou-se elevação estatisticamente significante nas concentrações de IFN-gama (mediana de 1,5 pg/ml no grupo A e de 0,4 pg/ml no Grupo B, p= 0,03) e de IL-10 (mediana de 38,6pg/ml no Grupo A e de 15,7pg/ml no grupo B, p=0,03) do fluido peritoneal das pacientes com endometriose em relação áquelas sem a doença. As pacientes com endometriose apresentaram alteração estatisticamente significativa na relação das concentrações de IL-4/IFN-gama (p<0,001), IL-4/IL-2 (p=0,006), IL-10/IFN-gama (p<0,01) e IL-10/IL-2 (p<0,001) do fluido peritoneal, com concentrações mais elevadas da IL-4 e da IL-10, o que reflete o predomínio da resposta Th2 sobre a Th1. Conclusão: os resultados obtidos permitem concluir que, neste estudo, observou-se elevação de citocinas relativas à resposta imune Th2, denotando haver um predomínio deste padrão de resposta em pacientes com endometriose.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO HORMONAL E/OU INTERVENCIONISTA POR PUNÇÃO NOS TUMORES CÍSTICOS DE OVÁRIOS

Pós-graduando: Lúcia Helena Chnee
Orientador: Prof. Dr. Vicente Renato Bagnoli
Data da defesa: 06 de setembro de 2006

Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar em mulheres com tumores císticos de ovário, a proporção que, somente com o tratamento clínico e/ou punção, não necessitam de cirurgia; a influência da medicação e das doenças assosciadas na indicação de cirurgia e se a punção reduziu significativamente o tamanho dos cistos. Casuística e métodos: selecionaram-se 71 mulheres com idade entre 19 e 70 anos de idade, portadoras de tumores císticos de ovário maior que 5cm, com características de benignidade ao ultra-som transvaginal com Doppler colorido e pulsado e com perfil endócrino e marcadores séricos tumorais normais. Foram divididas em cinco grupos: 1) Grupo A: 15 mulheres que fizeram uso de acetato de noretisterona; 2) Grupo B: 13 mulheres que fizeram uso de acetato de medroxiprogesterona; 3) Grupo C: 14 mulheres que utilizaram contraceptivo oral; 4) grupo D: 15 mulheres que foram tratadas com análogo de GnRH e 5) Grupo E: 14 mulheres que não fizeram uso de medicação. Todos os grupos foram acompanhados por um ano. No final do primeiro trimestre, se o cisto persistiu, foi realizada a punção. No final do segundo trimestre, se houve recidiva do cisto, foi indicada cirurgia. As pacientes tiveram alta após um ano de acompanhamento com o tratamento do cisto concluído. Resultados: não houve diferenças significantes entre os cinco grupos. Constatou-se que a condição de uso de medicação para doença associada teve influência significativa no resultado dos tratamentos. Verificou-se que a redução do tamanho do cisto com a punção foi efetiva após 9 meses de acompanhamento. Observou-se que 7% das mulheres tiveram indicação direta para cirurgia sem a punção, portanto a proporção de recidiva da punção foi de 19,3% enquanto a porcentagem de mulheres que não fizeram a cirurgia foi de 73,2%. Conclusão: a proporção de mulheres que responderam adequadamente somente com o tratamento clínico e/ou a punção, não necessitando pois de cirurgia foi de 73,2%. A influência da medicação/doença associada no tratamento não cirúrgico foi significativa. A redução do tamanho dos cistos benignos em função do tratamento instituído incluindo a punção foi significativa, a qual foi observada após 9 meses de tratamento.