terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Hospital das Clínicas lança o 1º livro brasileiro de casos clínicos em Ginecologia



Manhã de autógrafos acontecerá dia 27/02, às 11h.


O livro “Ginecologia baseada em casos clínicos", de autoria dos
Professores Edmund Chada Baracat e Nilson Roberto de Melo, será
lançado no próximo dia 27/02, às 11  horas, no saguão do Instituto
Central do HC, à av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255.



Em 13 capítulos, a obra reúne 123 casos de diversas áreas da especialidade e
mais de 260 imagens, distribuídas pelas 1248 páginas. São eles: Ginecologia
Endócrina, Doenças do Trato Genital Inferior, Uroginecologia, Ginecologia
Geral, Transição Menopáusica e Pós-menopausa, Ginecologia Oncológica,
Infecções Genitais, Doenças da Mama, Reprodução Humana,  Endometriose,
Ginecologia da Infância e Adolescência, Planejamento Familiar e Disfunção

Sexual. Desse modo, as diferentes áreas da Ginecologia são

contempladas sob a forma de casos clínicos.


Além disso,  a publicação apresenta questões de múltipla escolha ao
final de cada capítulo. A resolução das questões on-line, atividade

cadastrada na Comissão Nacional de Acreditação (CNA) da Associação

Médica Brasileira (AMB), permite acumular 10 pontos para a obtenção do
Certificado de Atualização Profissional (CAP) da AMB.

Participam da obra, como editores - associados, os Professores Antonio
Jorge Salomão e José Maria Soares Júnior, como também o corpo docente

da  Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e
Ginecologia da FMUSP.


A manhã de autógrafos é aberta ao público em geral.

Bete Subires, da Assessoria de Imprensa do ICHC

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Diagnóstico da Endometriose: importância do exame especializado


Dr. Sérgio Podgaec

Setor de Endometriose da Divisão de Clínica Ginecológica do HCFMUSP


            Sabemos que a endometriose é uma doença freqüente e estima-se que afete 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva, ou seja, durante o período da vida em que ocorrem os ciclos menstruais e há possibilidade da mulher engravidar. A suspeita da presença dessa doença aparece quando a paciente apresenta dor em baixo ventre em diversas situações: durante o período menstrual (cólica menstrual); durante a relação sexual no fundo da vagina; de forma constante (sem relação com o fluxo menstrual); ou mesmo quando evacua ou urina, de forma cíclica, durante a menstruação. Além disso, importante salientar que não são todas pacientes com endometriose, mas, ao redor de um terço das mulheres com essa doença, podem ter algum grau de dificuldade para engravidar.
            Para chegarmos a um diagnóstico correto, é importante entender que existem três tipos diferentes de endometriose: lesões muito pequenas que podem estar presentes na região pélvica (chamada endometriose superficial), cistos de ovário (os endometriomas ovarianos) e as lesões maiores que 0.5cm (chamada endometriose profunda) que podem acometer diversos locais da pelve, como a região posterior ao útero, o fundo da vagina, o intestino e a bexiga, entre outros. Algumas vezes, os sintomas se relacionam ao local em que essas lesões se encontram, como por exemplo, nas pacientes com dor na relação sexual, há a possibilidade das lesões se concentrarem no fundo da vagina ou nas pacientes com sintomas intestinais e urinários, as lesões estarem presentes no intestino e na bexiga, respectivamente. Sabemos também que, por outro lado, há situações de pacientes com poucas lesões e dores severas e mulheres com grande quantidade de doença, livres de quaisquer sintomas.
            Assim, com esses conceitos e esses dados clínicos iniciais, o médico pode ter, no exame ginecológico, informações que direcionam o seu raciocínio. Isso ocorre, principalmente na presença das lesões profundas que podem ser reconhecidas durante o toque vaginal e também quando há cistos de ovário volumosos que podem ser sentidos nesse exame.
            Mas, quando há suspeita clínica da presença da endometriose,  o principal auxílio diagnóstico vem com os exames de imagem especializados na detecção da doença. Dizemos que o exame é especializado porque é feito por radiologistas experientes em conseguir avaliar todos os possíveis órgãos e regiões aonde as lesões podem surgir e por realizar-se um preparo intestinal simples antes do exame, que permite a visualização melhor dessas áreas do organismo. A ultrassonografia pélvica e transvaginal e a Ressonância Magnética, feitas nessas condições, são ambas capazes de detectar com alta precisão se há lesões profundas e cistos ovarianos com suspeita de endometriose, ressaltando-se que as lesões superficiais, por terem tamanho milimétrico, não aparecem em nenhum exame.
            É assim que, de forma muito precisa e segura, direcionamos todo o tratamento da doença, quer seja com medicações hormonais, quer seja indicando um procedimento cirúrgico. Esse cuidado é fundamental para se alcançar bons resultados terapêuticos no tratamento da endometriose.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Ovário policístico é doença?


Gustavo Arantes Rosa Maciel*

Hoje em dia com a popularização do uso do exame de ultrassonografia ginecológica, tornou-se muito comum a identificação de achados ultrassonográficos de ovários policísticos ou ovários de aspecto micropolicístico.  Isso por vezes gera muita dúvida e, eventualmente, alguma preocupação nas mulheres.
O ovário é um dos órgãos mais dinâmicos do corpo humano, pois durante a fase reprodutiva da vida da mulher, passa por transformações dramáticas num período relativamente curto. Os ovários são responsáveis pela produção de hormônios sexuais femininos em também pela ‘guarda’ e pelo ‘preparo’ do gameta feminino (óvulo) que mensalmente ficará pronto para ser fertilizado após a ovulação. 
A mulher – assim como todos os mamíferos – nasce com um número fixo de óvulos que serão gastos durante toda a sua vida, até a menopausa.  Esses óvulos são protegidos por estruturas chamadas folículos ovarianos.  A maioria desses folículos permanece num estado de repouso, como que guardados para o uso futuro. Após a puberdade (adolescência), um complexo sistema de interação entre o cérebro, os ovários, os órgãos genitais e o organismo como um todo, irá definir que um grupo de folículos deixará o estado de repouso e iniciará o processo de crescimento e desenvolvimento.  Na medida em que crescem, passam a produzir hormônios em grandes quantidades: hormônios masculinos (androgênios), que são convertidos em hormônios femininos (estrogênios) e hormônios responsáveis pela manutenção de uma possível gravidez (progesterona).  Além de produzirem hormônios, os folículos preparam o óvulo para ser ovulado e posteriormente fecundado. Na ausência de fecundação, ocorre a menstruação. Esse processo se repete numerosas vezes durante a vida da mulher e apenas um óvulo por ciclo menstrual será escolhido. Todos os outros que iniciaram o crescimento, mas não conseguiram ovular, entrar em morte celular, num processo chamado atresia.  Apenas 0,1% dos folículos totais da mulher serão ovulados.
Com a ultrassonografia, é possível identificar esses folículos a partir de um determinado tamanho e essa informação pode auxiliar no diagnóstico de uma série de anormalidades na saúde do sistema reprodutivo feminino.  No entanto, muitas vezes, um exame de ultrassom único, pode identificar imagens de múltiplos folículos em desenvolvimento (que podem ser confundidos com microcistos), sem que isso signifique doença.  Além disso, é sabido que cerca de 20% das mulheres, com ciclos menstruais normais e sem nenhuma doença, podem apresentar ovários de aparência policística ao ultrassom. Esses índices tornam-se ainda maiores durante a adolescência, pois o sistema reprodutor não terminou seu processo de maturação.
No entanto, a presença de ovários policísticos pode estar associada a uma série de alterações hormonais que não são normais e podem representar riscos às mulheres. Alterações persistentes no ciclo menstrual, aumento de pelos pelo corpo ou acne em grande quantidade, presença de secreção nos seios fora do período de gravidez ou lactação, ausência de menstruação, infertilidade, ganho de peso excessivo, entre outras, podem ser sinais de alterações hormonais que devem ser investigadas.   Assim, a presença de ovários policísticos ao ultrassom deve sempre ser avaliada por um ginecologista, pois ele tem condições de determinar se o problema trata-se de uma doença ou se é apenas um achado casual, sem importância clínica.
 Janeiro/2013
*Prof. Dr. Gustavo Arantes Rosa Maciel
É professor livre-docente da Disciplina de Ginecologia da Universidade de São Paulo

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Reuniões Clínicas da Ginecologia - Fevereiro de 2013


Dia 06
07h00-08h15       Residentes e internos
08h30-10h00  Conferência: Segurança do paciente
Palestrante: Renata Mahfuz Daud Gallotti
10h30-12h00       Curso residentes


Dia 20
07h00-08h15       Residentes e internos
08h30-10h00  Conferência: O papel da Diretoria Clinica no Sistema HCFMUSP
Palestrante: Prof. Dra. Eloisa Bonfá (Diretoria Clínica da HCFMUSP)
10h30-12h00       Curso residentes


Dia 27
07h00-08h15       Residentes e internos
08h30-10h00
Conjunta          Conferência: Atividades do CREMESP na orientação e defesa de profissionais médicos
Palestrante: Dr. Mauro Aranha (Vice-Presidente do Cremesp)
10h30-12h00       Curso residentes