segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Uso da vacina contra o HPV em homens.
Homero Guidi*
novembro/2010.
Em 16 de outubro de 2009 o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos licenciou o uso da vacina quadrivalente contra o HPV (Gardasil®) para o uso em homens entre 9 e 26 anos para a prevenção das verrugas genitais causadas pelos papilomavírus humanos do tipo 6 e 11, anteriormente liberada para as mulheres da mesma faixa etária para a prevenção das lesões envolvidas com os HPVs 6, 11, 16 e 18, incluindo o condiloma e lesões pré-cancerosas da vulva, vagina e colo do útero, relacionados em grande parte com os HPVs 16 e 18. A recomendação da vacinação masculina não é universal. Os estudos disponíveis até o momento, baseados em modelos matemáticos, apontam que a imunização desses meninos tem um custo-benefício justificável quando a cobertura vacinal da meninas não atingir 80%, quando focamos o aspecto de saúde pública. A outra indicação precisa é um grupo de risco para as verrugas ano-genitais e também as neoplasias intraepiteliais anais representada por homens que fazem sexo com homens (MSM). Há comprovação de alta eficácia na prevenção das neoplasias intraepiteliais anais. O esquema de vacinação é o mesmo preconizado para as garotas e inclui 3 doses, sendo a segunda dose administrada com intervalo de 1 a 2 meses após a primeira dose e a última, terceira, aplicada seis meses após a imunização inicial. Os intervalos mínimos entre a primeira e segunda dose são 4 semanas. Entre a segunda e a terceira dose são no mínimo 12 semanas de intervalo e entre a primeira e a última 24 semanas. O efeito colateral mais notado é dor leve no local da injeção e eventual síncope em pacientes mais jovens . Contra-indicação formal ao seu uso apenas diante de conhecida hipersensibilidade a leveduras.
Referência e fonte - Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP - Centers for Disease Control and Prevention (CDC)- Secretary of the U. S. Department of Health and Human Services. MMWR, 2010; 59(20): 630-631.
Comentário Editorial
A extensão da vacina quadrivalente contra o HPV é um fato natural e esperado dentro da comunidade dos especialistas envolvidos com a virose. O homem representa um vetor extremamente importante na disseminação da doença e lesões derivadas. Vários aspectos biológicos e anatômicos explicam a menor gravidade das infecções pelo HPV no homem, relativamente ao que se verifica na mulher, notadamente no aspecto oncogênico. A sociedade e os homens, no entanto, pagam um ônus elevado pelas lesões ano-genitais causadas por esses vírus e, em certos grupos (MSM), o aspecto oncológico é idêntico e tão grave quanto o feminino, quando consideramos as neoplasias intraepiteliais anais.
No exterior existe uma preocupação muito grande com a aplicação de modelos matemáticos para a avaliação custo x benefício x eficácia envolvendo as imunizações (e quaisquer outras ações de saúde pública) . Nessa recomendação chama a atenção a informação de quando a imunização masculina passa a ter um investimento justificado, em termos populacionais. A linha de corte é 80% de imunização feminina. Acima disso não há justificativa de incluir os meninos, abaixo os modelos apontam benefício efetivo. Para a prática do urologista brasileiro a questão fica bem clara: a vacinação pública inexiste e a proteção do garoto que ainda vai se iniciar na sua vida sexual é extremamente vantajosa e indicada, desde que haja recursos para esse fim. Em termos de vacinação pública somos de opinião que determinados “bolsões geográficos” dentro do Brasil , como algumas áreas do Nordeste em que o Câncer de colo ainda é muito prevalente e aparece em primeiro lugar entre os cânceres ginecológicos/femininos, muito adiante do câncer de mama a vacinação pública já deveria ter sido feita. Merece comentário ainda a afirmação da ACIP de que “até o momento” a indicação e maior eficácia da vacina é encontrada entre os meninos que ainda não foram expostos ao HPV e que “não existe evidência de eficácia da vacina entre homens já infectados pelo HPV” . Órgãos como a ACIP e o CDC trabalham com evidências e provavelmente os estudos que estão sendo conduzidos em homens deverão alterar esse conceito uma vez que os dados parciais do Lee Moffit envolvendo quase 4000 homens entre 9 e 26 anos com HPV recidivante e que receberam a vacina mostrem que há uma redução de 86% no número de episódios de recorrência dessas lesões em comparação com o grupo controle ( Giuliano & Palefskiy, 2008).
* Homero Gustavo de Campos Guidi é urologista, titular da SBU, Coordenador do Depto. de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Soc. Bras. de Urologia, Chefe do Depto. de Assoalho Pélvico da mesma sociedade, Assistente da Clínica Ginecológica do HCFMUSP e editor desse site.
domingo, 28 de novembro de 2010
Cursos e Eventos
II Simpósio Brasileiro sobre Análogos do GnRH em Ginecologia
Centro de Convenções Rebouças - 7 de agosto de 2010
Supervisão Prof. Dr. Edmund Chada Baracat - Coordenação Prof. Dr. Nilo Bozzini
www.congressognrh.com.br
Reciclagem em Ginecologia Baseada em Evidências
Centro de Conveções Rebouças - agosto, setembro, outubro e dezembro de 2010
Organização Prof. Dr. Edmund Chada Baracat
(vide Home Page)
Inscrições on line
Fitoginecologia
Em conjunto com a Sobrafito – Sociedade Brasileira de Fitoterapia
Centro de Convenções Rebouças
Organização Prof. Dra. Ceci Lopes
9 a 11 de novembro de 2010
5ª. Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da FMUSP
1º. e 2 de abril de 2011
Centro de Convenções Rebouças
Coordenação Profs. Drs. Edmund Chada Baracat e Marcelo Zugaib
Tema oficial – Dúvidas no Dia-a-Dia do Consultório.
Eventos nacionais
-XI congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Infância e Adolescência
Brasilia, 11 a 14 de setembro de 2010.
-XV SOGESP - Congresso de Ginecologia do Estado de São Paulo
São Paulo, 2 a 4 de setembro de 2010-07-14
-XXIV Congresso Brasileiro de Reprodução Humana
Goiania, 24 a 27 de novembro de 2010
Eventos internacionais
- Annual Meeting ICS/IUGA – International Continence Society / International Urogynecological Association
Toronto, Canadá – 24 a 27 de agosto de 2010
- American Society for Reproductive Medicine – Annual Meeting
Denver, Colorado, USA – 23 a 27 de outubro de 2010
- 13th Biennial Meeting Of the International Gynecologic Cancer Society
Praga, República Tcheca – 23 a 26 de outubro de 2010.
sábado, 27 de novembro de 2010
REUNIÕES DA CLÍNICA GINECOLÓGICA DEZEMBRO
Dezembro de 2010
Quartas-feiras
Dia 01
08h00-09h00 - Conferência: Interrupção da gestação previstas em lei. Aspectos atuais
Palestrante: Prof. Anibal Faundes - UNICAMP
09h00 - Coffee: Lab Hebrom
Dia 08
08h00-09h00 - Reunião Conjunta Departamento de Obstetrícia e Ginecologia
Centro de Convenções Rebouças
Conferência: A evolução do pensamento religioso
Palestrante: Wilson Pollara
09:30 - Comissão de Cuidados Paliativos
Dr. Ricardo Tavares de Carvalho
Presidente da CCP
10h30 - Coffee:
Dia 15
08h00-09h00
Reunião Interna Administrativa
09h00 - Coffee
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Dia 11 de dezembro você tem um compromisso científico com alguns experts.
E. C. Baracat
Marco Sá
Paulo Serafini
Tsutomo Aoki
Carlos Izzo
V. Bagnoli e Angela Maggio
Cesar Fernandes
JM Aldrighi e Afonso Nazário
José M. Soares Jr.
No sábado 11 de dezembro todos esses experts estarão discutindo como proceder diante de temas como Genitália Ambígua, Sangramentos Disfuncionais do Endométrio, Síndrome dos Ovários Policísticos, o que há de novo em Osteoporose e Osteopenia, Androgênios e TH na Menopausa e Mama, Infertilidade, Acne e Hirsutismo.
As discussões são compactas, diretas ao ponto e focadas na prática diária do consultório do ginecologista.
INSCREVA-SE E GARANTA SEU LUGAR
Programa Reciclagem - 11 de Dezembro de 2010
08:50-09:10 Amenorréia Marcos Felipe Silva de Sá - FMRP-USP
09:10-09:30 Sangramento disfuncional do endométrio - Como
conduzir? - José Maria Soares Júnior - UNIFESP
09:30-09:50 Hirsutismo e Acne - Poli Mara Spritzer - UFRGS
09:50-10:10 Infertilidade no dia-a-dia do Ginecologista - Paulo Serafini - FMUSP
10:10-10:30 Discussão
10:30-11:00 Coffee Break
11:20-11:40 Osteopenia e Osteoporose - Angela Maggio da Fonseca - FMUSP
11:40-12:00 Androgênios na pós menopausa - Cesar Eduardo Fernandes - FMABC
12:00-12:20 TH na pós menopausa - Estado atual - José Mendes Aldrighi – Santa Casa SP
12:20-12:40 TH e mama - Afonso Celso Pinto Nazário - UNIFESP
12:40-13:00 Discussão
Atualize-se no sábado de manhã e ainda aproveite a tarde para o seu lazer!
Pontuação 2,5 pontos. Cadastro no. 21009.
Curso Intensivo de Histeroscopia da Clínica Ginecológica da USP 2011Coordenação Dr. Walter Pinheiro
Supervisão Prof. Dr. Edmund C. Baracat
Reserve essas datas na sua agenda:
20 e 21 de maio de 2011
(sexta e sábado)
Dos equipamentos e diagnose à cirurgia.
Um curso prático, com poucas vagas e treinamento individual. Cirurgias presenciais.
Pré-requisitos - ser médico regularmente inscrito no CRM, ginecologista com residência completa e/ou TEGO.
Vagas limitadas.
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Ginecologia USP marca presença no 19th Annual Congress ESGE
European Society for Ginecological EndoscopyPalau de Congresos de Catalunya 29 setembro a 2 outubro de 2010
Num congresso que reuniu mais de 1.800 especialistas dessa promissora área da Ginecologia, a Clínica Ginecológica da FMUSP marcou presença com a apresentação de alguns trabalhos, publicados na Gynecological Surgery, órgão oficial da ESGE, em seu volume 7 supp 1 Oct 2010, publicado pela editora Springer Verlag
Entre outros: "Comparative study between D&C and hysteroscopy resection in the treatment of endometrial polyps", "Acute renal failure after surgery for hysteroscopic polypectomy - case report" e Polipectomy hysteroscopic with thermal damage of the intestinal wall and ureter - case repor" de Pinheiro, WS, Baracat, EC et al. Confira os abstracts nas páginas S148 e S200 .
sábado, 20 de novembro de 2010
LIVRE DOCÊNCIA NA GINECOLOGIA USP
Dr. Paulo Serafini, membro do staff da Clínica Ginecológica e chefe do Centro de Reprodução Humana "Mário Covas", ligado ao Hospital das Clínicas, defende a sua Livre-Docência.
Programa do Concurso de Livre-Docência
Dia 23 de novembro (terça-feira)08hOO- Instalação da Comissão Julgadoraa seguir - Apresentação do tema para a Prova Didática08h15 - Conhecimento da lista de pontos para a Prova Escritaa seguir - Prova PráticaLocal: 10° andar -ICHC - Disciplina de GinecologiaAo término da prova prática - elaboração dos relatórios e atribuição das notas da Prova Prática11hOO- Prova DidáticaLOCAL: Sala da CongregaçãoAo término da prova didática - elaboração dos relatórios e atribuição das notas da Prova2° DIA -24/11/201008h15 - Sorteio do ponto para a Prova EscritaProva Escrita13h30 - Leitura da Prova EscritaAo término da leitura - elaboração dos relatórios e atribuição das notas da Prova Escrita.A seguir - Julgamento de Memorial com Prova Pública de Argüição e Defesa de TeseLOCAL: Sala da CongregaçãoAo término dessa última etapa - elaboração dos relatórios e atribuição das notas do Julgamento de Memorial, Prova Pública de Argüição e da Defesa de Tese.Lançamento das notas de todas as provas no Boletim de Apuração Final.Encerramento do Concurso.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Expressão qualitativa de genes relacionados à atividade de células tronco em mulheres inférteis com endometriose peritoneal
Tema
Expressão qualitativa de genes relacionados à atividade de células tronco em mulheres inférteis com endometriose peritoneal
Introdução: As células tronco podem contribuir na patogênese da endometriose. Os objetivos deste estudo foram avaliar e comparar a expressão de genes relacionados à atividade das células tronco no endométrio tópico (Et), peritônio normal (PN) e nos implantes de endometriose peritoneal superficial e profunda (EPS/EPP) de mulheres inférteis com endometriose. Métodos: Vinte e quatro amostras de Et, PN, EPS e EPP foram obtidas durante laparoscopia de seis pacientes. A expressão de 84 genes relacionados à atividade de células tronco foi avaliada pela técnica de transcrição reversa e reação em cadeia de polimerase (RT-PCR). Resultados: Todos os genes foram expressos no Et, PN, EPS e EPP. Não houve diferença entre o PN, EPS e EPP. Não houve diferença quando as lesões de EPS e EPP foram comparadas entre si. Comparados ao Et, 24, 49 e 45 genes foram diferencialmente expressos no PN, EPS e EPP, respectivamente. Destes genes diferencialmente expressos 23 eram comuns. A análise funcional dos 23 genes evidenciou 5 genes comumente superexpressos (genes reguladores do ciclo celular; comunicação celular e marcador de células embrionárias) e 18 subexpressos (fatores de crescimento; marcadores de células neurais; marcador de auto-renovação; marcador de células embrionárias; divisão celular simétrica e assimétrica; marcadores de células hematopoiéticas; comunicação celular, via de sinalização Notch; via de sinalização Wnt; marcador de células mesenquimais; marcador metabólico e moduladores do cromossomo e da cromatina). Conclusões: Os genes relacionados à atividade de células tronco estavam expressos no endométrio tópico, nas lesões de endometriose peritoneal superficial e profunda e no peritônio normal. A expressão gênica foi mais semelhante no peritônio normal e nas lesões de endometriose peritoneal superficial e profunda, comparadas ao endométrio tópico. Não se observaram diferenças significantes na expressão gênica entre as lesões de endometriose peritoneal superficial e profunda
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Triple-Negative Breast Cancer / Atualização Relâmpago
Triple-Negative Breast Cancer
Review article
Current Concepts: Triple-Negative Breast Cancer
W.D. Foulkes, I.E. Smith, and J.S. Reis-Filho
N Engl J Med 2010; 363:1938-48. November 11, 2010
Artigo de revisão sobre Câncer de Mama Triplo-Negativo publicado hoje, 11 de novembro de 2010, no New England Journal of Medicine.
Definição
Os tumores de mama triplo-negativos são definidos como tumores que perdem a expressão dos receptores de estrógeno e progesterona e do gene HER2. Seu rápido crescimento e ocorrência em mulheres jovens podem tornar a difícil a sua detecção pela mamografia.
Pérolas Clínicas
* Qual é a epidemiologia do câncer de mama triplo-negativo.
Tumores triplo-negativos somam em torno de 15% de todos os cânceres de mama invasivos. Eles ocorrem mais frequentemente em mulheres jovens da raça negras e hispânicas do que em mulheres de outros grupos raciais ou étnicos.
* Quais são as manifestações clínicas do câncer de mama triplo negativo?
Tumores triplo-negativos e o câncer de mama do tipo basal tendem a ser maiores em volume do que outros subtipos de câncer de mama. Geralmente são de alto grau histológico e carcinomas ductais invasivos, sem um tipo histológico em especial. Diferenças no status nodal são menos pronunciadas, mas uma grande casuística já publicada mostrou que o câncer de mama do tipo basal é mais comumente linfonodo-negativo, comparativamente a outros tipos de câncer de mama. ,
* Qual é o principal fundamento, a base, do tratamento de pacientes com câncer de mama triplo-negativo?
Mulheres com câncer de mama triplo-negativo não se beneficiam de terapia endócrina ou com trastuzumab.
A quimioterapia é atualmente o principal recurso no tratamento dessas pacientes, apesar das pacientes com esse tipo de doença, quando consideradas como um grupo, apresentarem um resultado pior após a quimioterapia, comparativamente àquelas com outros tipos de câncer de mama.
* Qual é o prognóstico para o câncer de mama triplo-negativo?
Vários estudos têm indicado que o tumor triplo-negativo e o câncer de mama do tipo basal, como grupo, estão associados com um prognóstico ruim.
A forma da curva de sobrevida para pacientes com esses dois tipos de tumores difere daquela das pacientes com outros tipos de tumores: há uma queda aguda na sobrevida durante os primeiros 3 a 5 anos após o diagnóstico, mas uma recorrência tardia, após esse intervalo de tempo, é muito menos comum. Ambos os tipos de tumores de mama são mais propensos a apresentar metástases para vísceras, particularmente pulmões e cérebro, e têm menor propensão às metástases ósseas .
(Transcrito de Alerta On line do N Eng J Med - 11/11/2010)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Sócios da SOBRAFITO que não são associados à FEBRASGO/SOGESP podem fazer inscrição pelo preço da categoria Médicos Associados, apenas no local, comprovando estar quite com a SOBRAFITO.
NO LOCAL
(*) observação - Sócios adimplentes da Febrasgo ou entidades estaduais federadas à Febrasgo. Lembre-se que a inscrição faz a checagem através do CPF diretamente no cadastro da Febrasgo. As entidades estaduais é que mantém esse cadastro atualizado. Caso não consiga realizar a sua inscrição on line entre em contato conosco.
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Programa do Curso - 09, 10 e 11 de Novembro de 2010
09/11/2010 - terça-feira
Médico Ginecologista/obstetra formado pela Unicamp/TEGO-FEBRASGO/ Administração em Saúde (FGV-SP)
Especialista em Fitomedicamentos.
Autor de capítulo do livro "Fitomedicamentos na Prática Ginecológica e Obstétrica" da Dr. Sonia Maria Rolim Rosa Lima - Editora Atheneu e também em capítulo no livro "Fitoestrogênios" do Dr. Edmund Baracat; Geraldo R. de Lima e Mauro Abi Haidar.
Secretário de Saúde Campinas, Vice Presidente COSEMS-SP, Conselheiro CES-SP e membro C.T.MS (1997-2000)
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Continuação do programa do dia 10/11
21:00 - 21:45 Sexualidade Feminina e fitoterápicos. - Sonia Maria Rolim Rosa Lima- FCMSCSP
18:30 -19:00 Secretaria
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Entrevista com a Dra. Lúcia Hime, palestrante do Curso de Fitoginecologia , UNISA.
1-Doutora Lucia, a senhora vem utilizando fitoterápicos no seu dia-a-dia como ginecologista? Qual a sua impressão?
Como autêntica nordestina sempre tive as plantas fazendo parte do arsenal de substâncias utilizadas no tratamento das mais variadas afecções. Claro tudo feito de maneira observacional. A partir do momento que começamos a encontrar evidências científicas que comprovam o que antes era só observacional o meu interesse ficou cada vez maior e desde então introduzi a prescrição de fitoterápicos na minha vida médica.
Quanto a minha impressão, acho que a crença do médico é passada para os seus pacientes portanto a partir do momento que acredito meus pacientes se sentem seguros e em raras situações não aceitam a prescrição.
2-Doutora Lucia, a senhora utilizou óleo de borragem como tratamento do climatério nos seus estudos tanto para seu mestrado, como para seu doutorado. Quanto isso mudou a sua conduta no caso do atendimento dessas pacientes, desde então?
Não falaria que mudou minha conduta. Diria que encontrei mais uma opção para o tratamento dos sintomas do climatério.
3-A senhora acha que, no dia-a-dia do ginecologista, há lugar para o uso de fitoterápicos, com vantagem em relação a outros medicamentos?
Acho que a prescrição de fitoterápicos de maneira consciente e com respaldo científico encontra lugar de destaque no dia a dia do ginecologista. Acho que nenhum medicamento apresenta vantagem em relação ao outro. Cada um tem sua indicação precisa.
4-A senhora, como chefe da clínica ginecológica na UNISA, tem muito contacto com alunos e residentes. Qual a sua impressão sobre a aceitação por parte desses jovens, sobre os fitoterápicos? É diferente do que a senhora observa, quanto a profissionais mais antigos?
Sim. Nos dias atuais existe um interesse cada vez mais crescente por terapias não consideradas convencionais . Na faculdade temos ambulatório de acupuntura e de fitoterapia e percebemos uma grande procura por parte dos alunos. Estamos pensando em criar cursos de extensão na universidade para que possamos oferecer capacitação.
5- Qual a sua opinião em relação à formação das novas gerações, quanto aos fitoterápicos? Mudanças curriculares? Cursos independentes?
Na minha opinião deveríamos ter dentro da grade curricular do curso de medicina a disciplina de fitoterapia. É muito importante que se ensine o mecanismo de ação e a prescrição. Acho que só dessa forma vamos parar de ouvir a frase irritante “ Se bem não faz, mal não faz”.
Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo
1- Dra Sonia, a senhora tem o primeiro ambulatório de fitoterapia em ginecologia num serviço universitário no Brasil. Qual a sua impressão sobre o interesse e a procura dessa terapia por parte das pacientes?
Realmente, nos últimos anos, muito se tem ouvido falar sobre medicamentos que possuem como característica comum serem derivados de produtos ativos de plantas: os fitomedicamentos. Vale lembrar que no Brasil, em 2005, a 11a Conferência Nacional de Saúde recomendou, com ênfase, a implementação de Programa de Fitoterapia na rede pública, com regularização do uso de plantas medicinais, garantindo parcerias com Universidades para pesquisas e controle de qualidade, sob a fiscalização da Vigilância Sanitária. Recomendou, ainda, a regulamentação da produção e comercialização de produtos fitoterápicos e plantas medicinais, bem como a implementação de programas de incentivo ao desenvolvimento de projetos de fitoterapia e o fomento à implantação de laboratórios fitoterápicos, inseridos dentro da política de assistência farmacêutica do Estado.
Em decreto publicado no DOU, em 18.02.2005, foi criado o Grupo de Trabalho Interministerial com o objetivo de formular a proposta da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o que demonstra a preocupação do Estado com essa área da terapêutica, ainda pouco explorada de forma científica, no país.
Desde 1998, após a participação no Encontro Anual de Especialistas da Sociedade Norte Americana de Climatério (NAMS), o interesse pelos produtos derivados de princípios ativos provenientes de plantas foi-nos despertado e pudemos observá-lo, também, entre os profissionais de saúde dos Estados Unidos e do mundo, apesar de ser assunto de sobejo discutido no continente europeu. Trouxemos então a proposta de abrir linha de Pesquisa sobre o tema e tivemos a aprovação do Curso de Pós-Graduação do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Quanto à criação do Ambulatório foi consequência do fato de termos alunos interessados também em fazer pesquisa científica e teses no assunto. Existe também excelente demanda e aceitação por parte das mulheres que procuram e participam dos trabalhos de pesquisa.
2- Em quais situações há maior procura e necessidade do tratamento com fitoterápicos?
Parafraseando as palavras do saudoso Professor José Júlio de Azevedo Tedesco “Considerando-se que os medicamentos sintéticos tiveram sua origem há pouco mais de cem anos, verifica-se que a arte de curar e, dentro deste contexto, a história da própria Medicina, está intimamente ligada ao uso das plantas medicinais. Desde a mais remota Antigüidade, as plantas medicinais fazem parte do arsenal terapêutico do curador. Em escritos considerados os mais antigos, há cerca de 3000 anos a.C os chineses faziam referências à raiz do ginseng como a cura para todos os males; relatavam, ainda, o uso do ruibarbo, do acônito e da cânfora. Hipócrates (460 – 377 a.C.), considerado o “pai da Medicina”, seguido de outros como Dioscórides e Galeno, indicava, para cada doença, ao lado de tratamentos considerados adequados, o tratamento vegetal correspondente. Assim evoluiu o uso de fitomedicamentos até os dias atuais. Em 1978 a Organização Mundial de Saúde, levando em consideração o uso histórico dos vegetais, a facilidade de obtenção, o baixo custo e os efeitos benéficos, determinou o início de programa mundial com o objetivo de avaliação e utilização destes métodos naturais para a cura das doenças”.
Portanto podemos dizer que, em todas as especialidades médicas há medicamentos fitoterápicos que podem ser indicados.
3- Quais as principais vantagens no uso desses fitomedicamentos?
Trata-se de medicamentos então acreditamos que o conhecimento de suas indicações e contra-indicações devam ser respeitadas. A aceitação e a adesão por tratamento com fitoterápicos são altas. O médico deverá saber qual a terapia mais indicada para cada caso. Somos a favor do conhecimento de todas as opções terapêuticas reconhecidas pelos órgãos governamentais sempre visando o melhor para nossa paciente.
4- Qual a sua opinião sobre a possibilidade de desenvolvimento de novos produtos, a partir do uso em ambulatório universitário?
Muito interessante e creio que tal prática deva ser incentivada; novas pesquisas deverão se realizadas em parceria com Laboratórios conceituados, após prévia análise e aprovação dos respectivos Comitês de Ética das Instituições de Ensino.
5- A indústria farmacêutica tem sido acusada de ser contra a fitoterapia, porque plantas não podem ser patenteadas. No entanto, grande número de medicamentos é originado de plantas. Qual sua opinião?
Quando verificamos o grande número de medicamentos derivados de plantas produzidos por Indústrias Farmacêuticas de renome nacional e internacional, reconhecidas pelos Órgãos competentes no Brasil, causa-me estranheza tal afirmação. Creio que deva ser oriunda de pessoas mal informadas.
6-Como docente de uma das mais respeitadas Faculdades de Medicina do país, o que pensa sobre o interesse dos alunos de medicina sobre os fitoterápicos?
Creio ser dever de todo Professor mostrar de modo franco e honesto as indicações e contra-indicações de qualquer medicamento. Procuramos desenvolver em cada um o senso crítico, mostrando as diferentes opções terapêuticas. Sabemos que, grande parte da cura depende da adesão ao medicamento, e este fato relaciona-se diretamente com o modo de atendimento do médico responsável. O conhecimento do uso, as explicações competentes das características próprias cada medicamento são fatores primordiais no sucesso terapêutico. O Professor interessante e interessado pode passar estas recomendações de modo claro e transparente. Notamos interesse crescente dos alunos no tema.
7- Quais sugestões faria no intuito de aumentar o conhecimento desse ramo na classe médica?
Há necessidade de incremento da parceria entre Laboratórios e Centros de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação. Há produtos já regulamentados e muitos outros em fase de pesquisa. O incentivo governamental também é fundamental. Voltando a minha primeira resposta: “....recomendou, ainda, a regulamentação da produção e comercialização de produtos fitoterápicos e plantas medicinais, bem como a implementação de programas de incentivo ao desenvolvimento de projetos de fitoterapia e o fomento à implantação de laboratórios fitoterápicos, inseridos dentro da política de assistência farmacêutica do Estado.” Creio que os setores citados deveriam seguir esta recomendação!
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Entrevista com a Dra. Lana Maria de Aguiar – Assistente Doutora e Chefe do Setor de Patologia Vulvar da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Dra Lana participa do Fitoginecologia em novembro falando do uso de Fitoterápicos em vulvovaginites.
1) Qual é a sua impressão sobre o uso de fitoterápicos para o tratamento de afecções vulvares?
Quando tratamos as doenças vulvares, muitas vezes lançamos mão de fitoterápicos, que associados a antibióticos, antifúngicos, antivirais e outros medicamentos pertinentes para cada caso. Essa abordagem é o que se denomina atualmente a terapia integrativa. Uma terapêutica mais abrangente.
2) Qual sua opinião e experiência com o uso de fitoterápicos em outros problemas do trato genital inferior?
Muitas vezes algumas doenças vaginais (como as leucorréias / corrimentos) são tratadas com medicação fitoterápica, quer seja por via vaginal, quer seja para banhos de assento, externos, fazendo o tratamento da região vulvovaginal. A nossa experiência é maior com o uso de fitoterápico na região externa (vulva)
Costuma utilizar os fitoterápicos em outras situações? Quais?
Além das afecções vulvares, principalmente ligadas ao prurido vulvar e prurido sistêmico, nas quais podemos usar um fitoterápico (óleo de prímula), também o usamos na dor mamária (mastodínia ou mastalgia), tensão pré-menstrual e climatério
Qual o seu conselho aos mais jovens em relação aos fitoterápicos?
Penso que a medicina integrativa seja uma forma válida de melhorar as condições das pacientes. Acredito que em doenças com condutas bem estabelecidas, como as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis ), por exemplo, não devamos trocar o antibiótico ou antiviral já recomendado e reconhecido. Em algumas eventualidades, no entanto, podemos usar a terapia fitoterápica associada a chamada terapia convencional conjuntamente e com reais benefícios às pacientes.
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Conceitos novos - Aprendendo
A Medicina Integrativa é a prática terapêutica que aborda de forma integral e completa o processo de cura do paciente, envolvendo sua mente, corpo e espírito. Ela combina a Medicina Convencional com as práticas de Medicina Complementares, que tenham se mostrado mais promissoras. Exemplo: usar conhecimentos de relaxamento para reduzir o estresse durante a quimioterapia
Dr Paulo de Tarso Lima
Médico Responsável pelo Setor de Medicina Integrativa e Complementar do Programa Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo/SP.
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Reciclagem em Ginecologia Baseada em Evidências
Centro de Convenções Rebouças – São Paulo
Atualize-se no sábado de manhã e ainda aproveite a tarde para o seu lazer!
Pontuação 2,5 pontos. Cadastro no. 21009.
(*) observação - Sócios adimplentes da Febrasgo ou entidades estaduais federadas à Febrasgo. Lembre-se que a inscrição faz a checagem através do CPF diretamente no cadastro da Febrasgo. As entidades estaduais é que mantém esse cadastro atualizado. Caso não consiga realizar a sua inscrição on line entre em contato conosco.
08:30-10:30 Sessão 1 - Coordenador Edmund Chada Baracat
08:30-08:50 Genitália Ambígua - Como proceder? - Vicente Renato Bagnoli - FMUSP
08:50-09:10 Amenorréia Marcos Felipe Silva de Sá - FMRP-USP
09:10-09:30 Sangramento disfuncional do endométrio - Como
conduzir? - José Maria Soares Júnior - UNIFESP
09:30-09:50 Hirsutismo e Acne - Poli Mara Spritzer - UFRGS
09:50-10:10 Infertilidade no dia-a-dia do Ginecologista - Paulo Serafini - FMUSP
10:10-10:30 Discussão
10:30-11:00 Coffee Break
11:00-13:00 Sessão 2 - Tsutomu Aoki
11:00-11:20 SOP e Infertilidade - Como proceder? Carlos Roberto Izzo - FMUSP
11:20-11:40 Osteopenia e Osteoporose - Angela Maggio da Fonseca - FMUSP
11:40-12:00 Androgênios na pós menopausa - Cesar Eduardo Fernandes - FMABC
12:00-12:20 TH na pós menopausa - Estado atual - José Mendes Aldrighi – Santa Casa SP
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12:40-13:00 Discussão