terça-feira, 26 de novembro de 2002

ANTICONCEPÇÃO COM ESTROGÊNIO NATURAL NA FORMA INJETÁVEL MENSAL EM PACIENTES CARDIOPATAS: AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS CLINICOS, DE HEMOSTASIA E DE PERFIL LIPIDICO

Pós-graduando: Rogério Ciarcia Ramires
Orientador: Prof. Dr. Nilson Roberto de Melo
Data da defesa: 26/11/02
Realizou-se estudo prospectivo e comparativo durante 18 meses em 104 mulheres portadoras de cardiopatia compreendidas em 2 grupos. o primeiro constituido por 61cardiopatas que iniciaram o uso do anticoncepcional injetavel mensal (IM) composto pela associação de 5mg de valerato de estradiol e 50mg de enantato de noretisterona e o segundo composto por 43 cardiopatas que não utilizaram medicação hormonal, denominado de grupo controle (GC). Foram analisados os efeitos do IM sobre os parãmetros clinicos, hemostaticos e de perfil lipidico antes de receberam a medicação e a cada 6 meses de seguimento. A análise estatística foi realizada pelo método de Coorte, sendo considerado p< 0,05. Não ocorreram alterações estatísticas entre os dois grupos quanto aos eventos cardíacos e ginecologicos adversos, ao peso corporal, e à pressão arterial durante o seguimento. As usuárias de IM apresentaram maior alteração do padrão menstrual aos 6 meses de seguimento, sem apresentar diferença aos 12 aos 18 meses em comparação ao GC. As variáveis hemostáticas no TTPA, plasminog~enio e fibrinogênio não apreentaram diferença significante entre 2 grupos. Ocorreu diminuição estatística nas variaveis TT e TP e aumento no teste de Owren e antitrombina III no grupo de usuárias de IM em relação ao GC. No perfil lipídico ocorreu diminuição significante no colesterol toal, HDL, VLDL e triglicerides nas usuarias de Im quando comparadas ao GC, sendo que não houve diferença estatistica entre os grupos para as variaveis LDL e lipoproteina (a).

sexta-feira, 22 de novembro de 2002

AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA E MORFOMÉTRICA DE MAMAS DE RATAS CASTRADAS SUBMETIDAS À TERAPÊUTICA COM ESTERÓIDES SEXUAIS

Pós-graduando: Luciano de Melo Pompei
Orientador: Profa. Dr.a Filomena Marino Carvalho
Data da defesa: 22/11/02
Ao longo das últimas décadas, a terapêutica de reposição hormonal se estabeleceu como tratamento para a sintomatologia climatérica, além de propiciar importante redução no risco de desenvolver enfermidade cardiovascular, osteoporose, doença de Alzheimer e outros. No entanto, a ação hormonal no tecido mamário sempre foi alvo de discussões, particularmente quanto à progesterona e aos progestógenos, com estudos concluindo haver diminuição da atividade proliferativa induzida pelos estrog~enios, enquento vários outros concluem que essas substâncias estimulam a proliferação mamária. Neste estudo, as ações do benzoato de estradiol (BE2) e do acetato de medroxiprogesterona (AMP) na mama foram estudadas em 40 ratas com 250 dias de vida, sendo que 20 haviam procriado e 20 não. Todas foram submetidas à ooforectomia bilateral e, depois de quatro semanas, receberam tratamento hormonal injetável cinco dias por semana, durante 10 semanas. Cada grupo foi dividido em 4 subgrupos, que receberam um dos seguintes: 1 - BE2 5ug/dia; 2-AMP 60ug/dia; 3-BE2 5ug/dia + AMP 60ug/dia; 4-placebo. Ao f inal do tratamento, os animais foram savrificado e suas segunda glândulas mamárias torácicas foram estudadas em microscópio óptico com aumento de 400x. A ocular continha gratículo de 100 pontos permitindo a contagem dos coincidentes com cada estrutura estudada, permitindo p cálculo dos parâmetros morfométricos, isto é, as frações do volume: a) lobular, b) acinar no lóbulo, c) acinar na mama, d) epitelial no lóbulo, e) epitelial na mama, f) luminal acinar. Foi feita também avaliação qualitativa de atrofia, secreção e microcalcificações. Compararam -se todos os tratamentos para cada parãmetro analisado, encontrando-se: a) o tratamento 3 aumentou, significativamente em relação aos tratamentos 2 e 4, todos os parãmetros morfométricos, exceto a fração de volume epitelial no lóbulo; b) somente o tratamento 3 aumentou significativamente a fração do volume epitelial na mama em comparação com os tratamentos 2 e 4; c) não houve diferença significativa entre os tratamentos 1 e 3 para nenhum parãmetro, embora a maioria deles tenha apresentado tendência de maior elevação com o último; d) nenhum parãmetro morfométrico mostrou diferença significativa entre os tratamentos 2 e 4; e) houve predomínio de atividade secretora e de ausência de atrofia com os tratamentos 1 e 3. Os resultados permitem concluir que a adição de progestógeno ao tratamento estrog~enico não reverteu o aumento do compartimento epitelial da mama; pelo contrário, houve potencialização da ação estrog~enica proliferativa. Houve também diferenciação do tecido mamário, evidenciado pela atividade secretora tanto no tratamento estrog~enico quanto no estroprogestacional. Há ncessidade de ação estrogênica para que o progestogeno possa agir. A condição de prole não influencial significativamente a resposta da densidade epitelial, mas houve tendência a maior aumento epitelial no grupo sem prole.

terça-feira, 12 de novembro de 2002

ESTUDO DA CAPACIDADE PREDITIVA NO EXAME CITOLÓGICO INTRA-OPERATÓRIO DE LINFONODOS SENTINELA NO CÂNCER DE MAMA

Pós-graduando: Luiz Carlos Batista do Prado
Orientador: Dr. Braz Martorelli Fº
Data da defesa: 12/11/02
Foi analisada a capacidade preditiva do exame citológico intra-operatório de linfonodos sentinela comparado com o exame histológico por parafina, obtidos de 74 pacientes com carcinoma invasivo de mama, com diâmetro máximo do tumor igual ou menor que 3cm e linfonodos axilares clinicamente não comprometidos por metástases. As pacientes foram subdivididas em 2 grupos: 1) 26 pacientes submetidas a quimioterapia prévia, média de idade de 49,7 anos e média do diametro tumoral de 1,63cm; 2) 48 pacientes não submetidas a qualquer tratamento previo, media de idade de 58,1 anos e média do tamanho tumoral de 1,67 cm. Foram extirpados 121 linfonodos sentinela (88,4% da cadeia axilar e 11,6% da mamria interna) e o esfregaço citologico intra-operatorio bem como o exame histologico incluido em parafina foram estudados por uma mesma equipe de patologista. Resultados: 1) pacientes submetidas a quimioterapia previa apresentaram sensibilidade de 100% e acuracia de 100%. 2) pacientes não submetidas a qualquer tratamento previo apresentaram sensibilidade de 85,7% e acuracia de 98,7%. Concluimos que o exame citologico do linfonodo sentinela é exame rapido, barato e facilmente exequivel e com alta acuracia em pacientes submetidas ou não a quimioterapia, possibilitando a inclusão desta metodologia na pratica clinica.

terça-feira, 29 de outubro de 2002

QUIMIOTERAPIA NEO-ADJUVANTE: FATORES RELACIONADOS COM RESPOSTA, EXTENSÃO CIRÚRGICA E SOBREVIDA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

Pós-graduando: Sílvio Kurbet
Orientador: Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti
Data da defesa: 29/10/02
Foram estudadas 500 mulheres com carcinoma invasor (ductal ou lobular) de mama, estádios clínicos I, IIA, IIB e IIIA, de forma descritiva, no período de junho de 1992 a setembro de 1998, com o objetivo de dterminar os fatores clínicos e cito-histopatológicos relacionados à boa resposta, à diminuição da extensão cirúrgica em pacientes com tumores maiores que 5cm e obervar se a resposta favorável induz á melhora do intervalo livre de doença e sobrevida. Todas as pacientes foram submetidas a tratamento quimioterápico com FEC (5-Fluorouracil, epirrubicina e ciclofosfamida), nas doses de 500, 50 e 500mg/m², respectivamente. Após o terceiro ciclo, a paciente era submetida à cirurgia conservadora ou radical, de acordo com as condições clínicas e radiológicas. O tratamento adjuvante indicado foi quimioterapia, radioterapia e ou hormonioterapia. O nível de resposta favorável foi de 40,8% e, não favorável, de 59,2%. A resposta objetiva encontrada foi de 83,6% e a completa patológica esteve presente em 9 pacientes (1,8%). O número de cirurfias conservadoras foi de 44,4% e radicais de 55,6%. Treze pacientes tiveram recidivas locais: 38 metástases e, 24, óbitos. Concluímos que idade, estado menstrual, estado axilar, tamanho tumoral, estádio clínico, tipo e grau histológicos não se relacionam com a resposta à quimioterapia, enquanto o grau nuclear apresent vínculo com a resposta tumoral; a redução da extensão cirúrgica em tumores maiores que 5cm não alterou a sobrevida e o intervalo livre de doença, e a resposta favorável determinou melhora na probabilidade de sobrevida no estádio clínico IIIA.

terça-feira, 20 de agosto de 2002

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PROTOCOLOS DE ESTIMULAÇÃO OVARIANA CONTROLADA COM AGONISTA E COM ANTAGONISTA DO HORMÔNIO LIBERADOR DAS GONADOTROPINAS HIPOFISÁRIAS EM PROGRAMA DE FERTILIZAÇÃO "IN VITRO" E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES

Pós-graduando: Gilberto da Costa Freitas
Orientador: Prof. Dr. Vicente Mário Valentino Izzo
Data da defesa: 20/08/02
O objetivo deste estudo é comparar o uso do agonista versus antagonista do hormonio liberador das gonadotropinas hipofisarias (GnRH-ag e GnRH-ant), na estimulação ovariana controlada (EOC) , para fertilização in vitro e transferência de embriões, bem como determinar se esses medicamentos são efetivos na prevenção da onda precoce de LH no dia da administração do hCG. Envolveu de forma prospectiva e randomizada 47 mulheres com indicação para FIVETE, distribuídas em dois grupos: grupo A (bloqueio longo com agonista do GnRH, n=23), e grupo B (anatagonista do GnRH, n=24). Os 2 grupos foram submetidos a mesmo esquema de estimulação ovariana, com dose diária de 150UI de FSH-r. Aspectos clínicos e hormonais foram avaliados e comparados entre os grupos: quanto ao número de ampolas de FSH-r (75UI); duração, em dias, do estímulo ovariano; número de folículosno dia da administração do hCG; número de folículos aspirados; número de oocitos identificados e sua classificação; avaliação das concentrações séricas dos hormônios FSH, LH, estradiol e progesterona. O teste t de student para análise comparativa entre os grupos. O número de ampolas de FSH-r 75UI utilizadas e a duração do estímulo no grupo do antagonista do GnRH foram significantemente menores do que no grupo do agonista (p=0,0003 e p=0,0004). Não foi observada diferença significante entre os grupos, em relação ao número de folículos no dia de hCG, número de folículos aspirados, número total de oocitos e suas classificações. os níveis de FSH significantemente maiores no grupo do antagonista no 1º dia do estímulo (p<0,0001). Os níveis de LH no primeiro e no sétimo dia do estimulo, foram significantemente maiores no grupo do antagonista (p=0,0001 e p=0,0017), não apresentando diferença no dia do hCG (p=0,7376). Os níveis de LH no dia da administração do hCG situaram-se abaixo do nível de corte (<10 UI/ml) para a onda de LH em ambos os grupos, em todas as pacientes estudadas. O estradiol teve comportamento semelhante o LH, diferindo significativamente entre os grupos no 1º e 7º dia do estímulo (p=0,0031 e p = 0014), sendo maior no grupo do antagonista. No dia do hCG, não apresentou diferença entre os grupo (p=0,0851).A progesterona não apresentou diferença significante entre os grupos no 7º dia do estimulo e no dia do hCG (p=0,1096 e p=0,3728). O estudo nos permite concluir que tanto o agonista como o antagonista foram equivalentes em relação aos parãmetros clínicos analisados. Além disso, os níveis séricos do LH situaaram-se abaixo dos valores do hCG, mostrando eficiencia na prevenção da onda prococe de LH, tanto no grupo do anatgonista como no do agonista.

sexta-feira, 9 de agosto de 2002

CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS DO COLO UTERINO: SIGNIFICADO CLÍNICO E PROPEDÊUTICA

Pós-graduando: Cíntia Irene Parellada
Orientador: Prof. Dr. Paulo Levy Schivartche
Data da defesa: 09/08/02
Estudou-se o significado clínico das células glandulares atípicas presentes na colpocitologia oncótica, determinando a origem epitelial, localização e natureza das lesões que as originam. No período de janeiro de 1996 a janeiro de 2001, do total de 8807 mulheres atendidas no Setor de patologia do trato genital inferior e colposcopia da FMUS, 57 apresentavam colpocitologia oncotica oncologica com células glnadulares atipicas (0,65%). Destas, 42 foram avaliadas através de propedêutica padronizada que consistia de colposcopia ecto e endocervical, histeroscopia panorâmica do canal endocervical e cavidade uterina, esfregaço endocervical, conização propedêutica, histerectomia e seguimento clínico por 12 meses. Todas as citologias revisadas e classificadas de acordo com o Sistema de Bethesda atualizado em 2001, tentando-se relacionar os qualificadores descritivos citologicos com o diagnóstico final. A média etária foi de 48,9 anos, variando de 21 a 79. Verificou-se que a lesão pode ter origem epitelial tanto escamosa quando glandular. Em relação à topografia da lesão, a mesma esteve restrita à cérvice nas mulheres com idade inferior a 40 anos, podendo ocorrer tanto na cérvice como no corpo uterino em mulheres acima desta idade. Lesão clinicamente significativa da cérvi ce e endométrio, ou seja, patologia pré-invasiva e invasiva, esteve presente em 59,5% das mulheres . A maioria dessas lesões foi diagnosticada durante investigação inicial com colposcopia e histeroscopia, porém alguns alguns diagnósticos só foram possíveis após conização ou histerectomia. Qualificadores descritivos citológicos não conseguiram predize a origem epitelial, localização e natureza da lesão. Conclui-se que, na avaliação das mulheres com células glandulares atípicas na colpocitolgia oncótica, é imprescindível a avaliação colposcopica em todas as mulheres, além do estudo da cavidade uterina em mulhres com idade igual ou superior a 40 anos.

terça-feira, 30 de julho de 2002

O PAPEL DO ESTRESSE OXIDATIVO DETECTADO NO LÍQUIDO FOLICULAR DE PACIENTES INFÉRTEIS SUBMETIDAS À REPRODUÇÃO ASSISTIDA

Pós-graduando: Eleonora Bedin Pasqualotto
Orientador: Prof. Dr. Vicente Mário Valentino Izzo
Data da defesa: 30/07/02
Foram analisados 115 folículos de 41 pacientes que se submeteram à fertilização in vitro e transferência embrionária (FIVeTE) com o objetivo de determinar: 1. A presença e os níveis de peroxidação lipídica (LPO) no líquido folicular destas pacientes. 2. A presença e a capacidade antioxidante total (CAT) no líquido folicular destas pacientes. 2. A presença e a capacidade antioxidante total (CAT) no líquido folicular destas pacientes. 3. A existência de correlação entre estes níveis com maturidade oocitária, qualidade embrionária e taxas de fertilização, clivagem e gestação. A hiperestimulação ovariana foi realizada com associação de acetato de leuprolide e hormônio estimulante folicular recombinante (FSHr). A captação foi guiada por ultra-sonografia transvasginal. Cada folículo separadamente e seu líquido não foi misturado com o meio de cultura; entretanto, líquidos foliculares com contaminação sangüínea foram excluídos. Os oócitos foram classificados, quanto à maturidade, segundo VEECK. Os embriões foram transferidos tr~es dias após a captação oocitária. O suporte de fase lútea foi realizado com progesterona gel, via vaginal. A gestção clínica foi determinada pela presença de embriãointra-uterino, com batimento cardíacovisualizado por meio de ultra-sonografia transvaginal. Determinou-se a peroxidação lipídica (LPO), no líquido folicular , pelo método do ácido tiobarbitúrico e a capacidade antioxidante total (CAT), pelo teste potencializadfor da quimiluminescência. A média dos níveis de LPO detectada foi 0,95 µmol MDA/ml, enquanto a de CAT foi de 819,16 mEq Trolox. Não houve correlação entre a idade das pacientes e os níveis de LPO e CAT. Não observou-se correlação significante entre os valores de LPO e CAT com a maturidade oocitária, taxas de fertilização, clivagem e qualidade embrionária. Quando os valores de LPO e de CAT foram comparados com as taxas de gravidez, detectou-se correlação positiva (r=0,381, p=0,014 e r=0,522, p=0,003 respectivamente). O presente estudo estabeleceu presença de peroxidação lipídica e de capacidade antioxidante total, com valores mensuráveis, no líquido folicular de pacientes submetidas à fertilização in vitro. A correlação positiva entre as taxas de gestação e os valores de LPO e CAT significa que ocorre intenso metabolismo oxidativo no folículo em desenvolvimento e que este não é prejudicial à formação e posterior implantação embrionária.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2002

CONTRIBUIÇÃO DA CIRURGIA DE ALTA FREQUÊNCIA NO DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIA INTRA-EPITELIAL ESCAMOSA DE ALTO GRAU DO COLO UTERINO

Pós-graduando: Luiz Sérgio Nogueira Pinto
Orientadora: Dra. Elsa Aida Gay de Pereira
Data da defesa: 01/02/02
CAF é uma eletroconização sob anestesia local, com técnica relativamente simples e que pode ser realizada ambulatorialmente. Com treinamento adequado a taxa de complicações é baixa e, considerando-se o índice custo-benefício, a técnica tem sido amplamente adotada por ginecologistas. Para lesões intra-epiteliais de alto grau diagnosticadas por biópsia dirigida, este estudo analisa as associações entre métodos propedêuticos, como a citologia oncótica, a colposcopia e a biópsia dirigida com resultado histológico da peça cirúrgica obtida por cirurgia de alta frequência; ,ais ainda, compara os resultados desta última com diagnóstico obtifo por cirurgia definitiva (conização clássica, histerectomia e cirurgia de WERTHEIM-MEIGS) nos casos diagnosticados como doença invasiva. Concluímos que com relação à peça cirúrgica demonstrando doença invasiva a citologia oncótica apresenta sensibilidade baixa e especificidade alta. Na colposcopia, os achados de alterações vasculares são significantes em relação à neoplasia invasiva. As lesões diagnosticadas por biópsia dirigida, embora com índice de associação importante em relação ao espécime obtido por CAF não mostraram oito casos de doença invasiva. A ausência de neoplasia invasiva em 2 casos de cirurgia pós-CAF (histerectomia total abdominal) indicada por diagnóstico prévio de neoplasia microinvasiva pode ser justificada pelo tratamento prévio por CAF. Portanto, justificam-se os dados de literatura pela preferência por métodos excisionais na conduta frente a neoplasias intra-epiteliais cervicais e a CAF pode ser considerada alteranativa importante, desde que respeitados os limites para indicação.

terça-feira, 15 de janeiro de 2002

TESTES DE TRIAGEM SOROLÓGICA PARA O VÍRUA DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) EM AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA PREVENTIVA

Pós-graduanda: Shirlei Duarte Miranda
Orientadora: Dra. Iara Moreno Linhares
Data da defesa: 15/01/02
Os objetivos do presente estudo foram detectar a prevalência da positividade dos testes de triagem sorológica para o HIV, as características sociodemográficas (idade, estado civil e naturalidade), o motivo da consulta, os métodos contraceptivos e os antecedentes obstétricos nas mulheres que procuraram atendimento em Ambulatório de Ginecologia preventiva, as quais eram oferecidos de rotina os testes de triagem e naquelas cujo resultado revelou-se positivo. Foram incluídas 21316 mulheres que, após orientação a respeito de questões referentes à sua saúde, foram submetidas à anmneses, exame físico geral e específico, coleta de citologia cervicovaginal e oferecidos testes de triagem sorológica para o HIV, dentre outros. A análise retrospectiva dos dados contidos nos prontuários das mulheres incluídas revelou que a prevalência do resultado positivo para os testes de triagem foi de 0,68%. Entre as mulheres que se submeteram aos testes e as que tiveram resultados positivos, a idade média foi de 37,0 anos e de 34,2 anos, respectivamente. No grupo geral e no subgrupo com resultados positivos, observou-se que a maior freqüência era ser solteira ou separada, e o método contraceptivo mais utilizado foi laqueadura tubária, nos dois grupos. O motivo de consulta mais freqüentemente referido pelas mulheres que se submeteram aos testes foi corrimento (17,3% dos casos); dentre as mulheres com resultados positivos, o principal motivo foi consulta de rotina (30,3% dos casos). Observou-se que o fato de ter resultado positivo para a triagem sorológica para o HIV foi frequentemente associado com estar em idade reprodutiva, o que aumentou o risco em até 2,74 vezes. Outros fatores que representaram maior risco de ter resultado positivo foram ser solteira ou separada. Não ocorreram associações significativas entre o motivo da consulta, o método contraceptivo utilizado e os antecedentes obstétricos com o fato de apresentarem resultado positivo no teste de triagem.