Pós-graduando: Cíntia Irene Parellada
Orientador: Prof. Dr. Paulo Levy Schivartche
Data da defesa: 09/08/02
Estudou-se o significado clínico das células glandulares atípicas presentes na colpocitologia oncótica, determinando a origem epitelial, localização e natureza das lesões que as originam. No período de janeiro de 1996 a janeiro de 2001, do total de 8807 mulheres atendidas no Setor de patologia do trato genital inferior e colposcopia da FMUS, 57 apresentavam colpocitologia oncotica oncologica com células glnadulares atipicas (0,65%). Destas, 42 foram avaliadas através de propedêutica padronizada que consistia de colposcopia ecto e endocervical, histeroscopia panorâmica do canal endocervical e cavidade uterina, esfregaço endocervical, conização propedêutica, histerectomia e seguimento clínico por 12 meses. Todas as citologias revisadas e classificadas de acordo com o Sistema de Bethesda atualizado em 2001, tentando-se relacionar os qualificadores descritivos citologicos com o diagnóstico final. A média etária foi de 48,9 anos, variando de 21 a 79. Verificou-se que a lesão pode ter origem epitelial tanto escamosa quando glandular. Em relação à topografia da lesão, a mesma esteve restrita à cérvice nas mulheres com idade inferior a 40 anos, podendo ocorrer tanto na cérvice como no corpo uterino em mulheres acima desta idade. Lesão clinicamente significativa da cérvi ce e endométrio, ou seja, patologia pré-invasiva e invasiva, esteve presente em 59,5% das mulheres . A maioria dessas lesões foi diagnosticada durante investigação inicial com colposcopia e histeroscopia, porém alguns alguns diagnósticos só foram possíveis após conização ou histerectomia. Qualificadores descritivos citológicos não conseguiram predize a origem epitelial, localização e natureza da lesão. Conclui-se que, na avaliação das mulheres com células glandulares atípicas na colpocitolgia oncótica, é imprescindível a avaliação colposcopica em todas as mulheres, além do estudo da cavidade uterina em mulhres com idade igual ou superior a 40 anos.