terça-feira, 18 de dezembro de 2001

TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL NA MENOPAUSA EM MULHERES FUMANTES E NÃO-FUMANTES

Pós-graduanda: Josefina Odete Polak Massabki
Orientadora: Profa. Dra. Angela Maggio da Fonseca
Data da defesa: 18/12/01
O objetivo deste trabalho foi avaliar os sintomas climatéricos através do índice menopausal de KUPPERMAN, o perfil lipídico (colesterol total e frações HDL, LDL, VLDL e Triglicérides - mg/dl), parâmetros de coagulação sangüínea incluindo: tempo de protrombina (%), tempo de protrombina parcial ativada (%), tempo de trombina (segundos), fibrinogênio (mg/dl), agregação plaquetária (%), antitrombina III (%), proteína C (%), proteína S (%), fator V (%) e fatorVIII (%) de coagulação, além do fluxo arterial carotídeo, uterino e ovariano, realizado através de Dopplerfluxometria ultra-sonográfica em 20 mulheres não-fumantes (grupo A) e 17 mulheres fumantes (grupo B), na menopausa, previamente selecionadas , sob terapia de reposição hormonal (TRH) transdérmica com estradiol 80 mcg/dia, 14 dias (sistema 1) e 50 mcg/dia associado a 20 mcg de levonorgestrel/dia, 14 dias (sistema 2), durante 6 meses para os 2 grupos. Essas mulheres foram avaliadas, antes e ao final do sexto mês de TRH, para os parâmetros: clínico, laboratorial e vascular. Observamos, no sexto mês de TRH, redução significativa da sintomatologia menopausal em ambos os grupos, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos A e B. Houve redução significativa do colesterol total e do LDL nos dois grupos com seis meses de TRH, além do aumento do HDL para os dois grupos, portanto, com melhora do perfil lipídico nos 2 grupos, apesar de ter havido aumento dos níveis triglicérides, no sexto m~es da TRH, para os grupos A e B. Dos parâmetros de coagulação sangüínea avaliados não houve alteração significativa com 6 meses de TRH do tempo de protrombina, tempo de trombina, tempo de tromboplastina parcial aticada e do fator V de coagulação. Houve redução dos níveis de fibrinog~enio, da agregação plaquetária e do fator VIII de coagulação de forma significativa nos dois grupos. Observamos, também, aumento dos níveis de antitrombina III e proteína C em ambos os grupos, sendo que a proteína S apresentou aumento significante apenas no grupo das mulheres não-fumantes, porém, os 2 grupos demonstraram melhora dos parâmetros de coagulação, sendo esta melhora mais evidente no grupo das não-fumantes. também observamos redução significante da resistência vascular de todas as artérias estudadas, com 6 meses de TRH transdérmica, em ambos os grupos. O presente trabalho permite concluir que os sintomas climatéricos, bem como o perfil lipídico, melhora após seis meses de TRH, há menor tendência à coagulação sangüínea com a TRH transdérmica com melhora importante do fluxo arterial com esse tipo de terapia hormonal tanto para mulheres fumantes quanto para não fumantes.