sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Reuniões da Clínica de Dezembro e Livre-Docência
A Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo realiza amanhã o Concurso de Livre-Docência do Dr. Gustavo Arantes Maciel.
O tema da aula didática versará sobre :
Foliculogênese e anovulação crônica na Síndrome dos Ovários Policísticos (*)
Dr. Gustavo é um jovem membro do staff da Clínica, diligente e bastante participativo nas atividades assistenciais e docentes.
A prova didática (aula) faz parte da reunião da Clínica de amanhã, 5 de dezembro de 2012, a ser realizada no Anfiteatro da Farmacologia, no 3o. andar do prédio da Faculdade de Medicina ( horário 8 as 9 h da manhã).
Já na última reunião do ano de 2012, no dia, 12 de dezembro, o convidado é o Prof. Dr. Geraldo Rodrigues de Lima, com a conferência: " INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES NAS GINECOPATIAS". O Prof. Geraldo é Professor Titular de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo
Local: Anfiteatro Berillo Langer - Instituto Central do Hospital das Clínicas - 5o. andar - entrada pelo saguão principal . Horário das 08:30 as 10 h.
As reuniões regulares voltam em fevereiro de 2013 e acontecem sempre as quartas-feiras.
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Glossário para o leigo - Foliculogênese - processo de formação do folículo ovariano que
contém o óvulo, liberado na ovulação.
Para ovários policísticos consulte artigos já publicados nesse site.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Evento
Promoção do Capítulo São Paulo da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior
Coordenação da Dra. Maricy Tacla
Maiores informações:
MLLorca – Secretaria de Eventos
Tel: 55 11 2272-4301
Fax: 55 11 2063-6458
Fax: 55 11 2063-6458
Curso
de Vulva – Hotel Renaissance
24 de
novembro de 2012 – Sábado
07h30
- 08h00. - ABERTURA .Maricy Tacla
08h00
- 08h20. Vulvodínia . Carmen Regina Nogueira Carvalho
08h20
– 08h40. Doenças vésico bolhosas. Claudia Santi
08h40
– 09h00. Úlceras genitais e fissuras .Lana
Maria Aguiar
09h00
- 09h20. HPV na vulva. O que fazer?. Marcia Farina Kamilos
09h20
- 09h40. Neoplasia Intraepitelial Vulvar. Como suspeitar, Como tratar. Maricy
Tacla
09h40
–10h00. Discussão.
10h00
–10h30. INTERVALO.
10h30
– 11h00. Terapia Hormonal tópica e transdérmica. César
Eduardo Fernandes
11h00
– 12h00.
Condutas
na prática clínica:
Alteração
Citológica x Vulva . Noely Paula
DNA HPV x Vulva. Adriana Bittencourt Campaner
Úlceras . Arlete Gianfaldoni
Liquen.
Cristiane Roa
Herpes. Ana Carolina Chuery
Prurido
. Márcia Fuzaro Terra Cardial
12:00 - 12:20 -Lesões pigmentadas na região
genital: análise clinicopatológica e imuno-histoquímica.
Samira
Yarak
12h20
– 12h40. Atualizações do Eurogin em Doenças da Vulva. Isabel Chuvis do Val
12h40
– 13h00. Perguntas e respostas.
13h00.
Encerramento.Maricy Tacla
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Cursos e Eventos
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Artigo para leigos
TPM. Que será isso?
Dra. Ceci Mendes Carvalho Lopes *
É
mote corriqueiro ver mulheres sendo, com bom ou com mau-humor, acusadas de
estarem nervosas, ou sem controle, por “estarem de TPM”. Já virou rótulo. E
parece argumento sem resposta, porque redarguir parece só confirmar a ideia do
acusador (geralmente do sexo oposto...) de que a moça esteja mesmo
descompensada, fora de si, desgovernada. Ou seja, sem razão.
Afinal,
que vem a ser essa coisa horrorosa, motivo de acusação sem defesa?
Desde
a antiguidade é descrito que as mulheres podem sofrer mudanças de
comportamento, ou queixas, que se repetem periodicamente, nos dias que precedem
a menstruação. Mas somente no século XX foi definido um quadro e lhe foi dado
um nome: tensão pré-menstrual. A maioria dos autores prefere chamá-lo de
síndrome, ou seja, conjunto de sintomas. Fica, então, SPM, ou STPM (síndrome
pré-menstrual, ou síndrome da tensão pré-menstrual).
Então,
são vários sintomas que atingem mulheres, na época antes de menstruar. Isso
mesmo! E quais são esses sintomas? Alguns são físicos: inchaço, dor nas mamas,
algum ganho de peso (que se perde após menstruar). Alguns são de ordem
psicológica: irritabilidade, nervosismo, agitação, depressão. Mas o complicador
é que cada pessoa afetada tem um conjunto sintomático diferente, podendo
predominar um aspecto, ou outro.
A
grande maioria, embora possa apresentar esse quadro, não o tem de forma muito
acentuada. Porém existem casos tão graves que são rotulados como doença
psiquiátrica. Felizmente, são muito poucos.
Mas
há muitas medidas que podem ser tomadas para que esse problema deixe de ser um
problema, ou, pelo menos, seja atenuado.
A
própria mulher pode, e deve tomar certos cuidados, às vezes bem fáceis. Por
exemplo, reduzir a sua ingestão de sal. Essa medida tão simples auxilia muito a
reduzir a retenção de água, diminuindo o inchaço e o aumento temporário de
peso. Além de que, como as pessoas não incham localizadamente, todos os
tecidos, submetidos ao excesso de líquido, ao terem diminuído esse fator,
reagem de forma mais uniforme com os dias que não são os pré-menstruais. E,
portanto, deixam de existir alguns dos outros sintomas, que podem estar
ocorrendo em função desse excesso nas células.
Por
paradoxal que possa parecer à primeira vista, outra medida fácil é beber água.
Porque, ao ser eliminada pelos rins leva consigo o excesso de sal em
circulação. E, com isso, fica reduzido o acúmulo. É isso mesmo: beber mais
água, para inchar menos!
Restringir
alguns alimentos também pode ser útil. Aqueles em que o sal seja um componente
importante, como salgadinhos e frios. O motivo é óbvio. Mas outros podem estar
envolvidos em outros caminhos metabólicos. É o caso do chá (preto ou mate) e
também do chocolate.
Em
alguns casos, massagens podem ser úteis. Especialmente aquelas rotuladas como
“de drenagem linfática”. Porque ajudam não só a remover o inchaço, mas também
são relaxantes.
Como
o componente emocional é importante, atitudes e atividades que auxiliem seu controle
são bem efetivas. Assim, praticar ioga, ou exercícios do tipo tai-chi-chuan. Meditação, também é
efetiva. Mas a prática de quaisquer outros exercícios pode ajudar muito, pois
eles mobilizam as endorfinas, substâncias produzidas pelo sistema nervoso, que
levam a sensação de bem-estar e mesmo de euforia. Claro, eles devem ser
realizados conforme a aptidão e a preferência individual (para que causem, de
fato, benefício, em vez de deixarem a pessoa ainda mais enervada...).
Em
algumas circunstâncias, pode ser necessário medicar. Como o quadro da síndrome
é muito variável, o médico deverá avaliar caso a caso. Mas ele só poderá saber
fazer esse trabalho se a pessoa que o procura lhe fornecer todas as
informações. Uma boa ideia é levar anotadas as queixas, para não se esquecer de
mencioná-las durante a consulta. De acordo com a avaliação, o profissional tem
um farto leque de opções. Nem sempre vai obter a resposta desejada, portanto
deve haver um retorno, com as informações sobre o efeito do tratamento.
A
escolha poderá recair sobre um contraceptivo hormonal, por exemplo. Costuma
resolver muitos casos, porque a dose diária, sempre igual, propicia certa
uniformidade da reação do organismo. Além da vantagem de promover o controle
adequado do ciclo menstrual e da fertilidade (quando desejáveis). No entanto,
há mulheres em que há aumento dos sintomas com esse tratamento, pois a reação
também é individual.
Em
alguns casos, podem ser prescritos diuréticos, que irão promover redução do
inchaço. Mas também podem influenciar sobre a pressão arterial e sobre o
equilíbrio do metabolismo de algumas substâncias importantes, como sódio e
potássio.
Para
aplacar os sintomas nervosos, muitos medicamentos atuantes sobre o sistema
nervoso podem ser úteis: tranquilizantes, antidepressivos, e outros. Porém
todos eles têm seus prós e contras.
Vários
medicamentos fitoterápicos são de grande ajuda. Por exemplo, óleos ômega-6,
como o óleo de borragem ou de prímula, que agem regularizando o metabolismo em
vários setores do organismo. Ou fitomedicamentos atuantes sobre o metabolismo
nervoso, como ansiolíticos (exemplos bons são a Passiflora e a Valeriana) ou
antidepressivos (como o Hiperico). São efetivos e com muito poucos efeitos
adversos. Mas isso não significa que não os tenham...
Os
benefícios que se podem obter com a acupuntura são grandes, em alguns casos.
Lamentavelmente, não para todos.
Enfim,
a Síndrome Pré-menstrual não é o monstro que merece o rótulo que chega a ser
folclórico, mas não é para ser menosprezada, nas pessoas incomodadas por ela. Desaconselhamos
a automedicação, pois deve ser bem avaliada, por profissional competente, que
poderá tratá-la, se necessário, com vistas a prover melhor qualidade de vida à
mulher e aos seus circunstantes.
________________________________________
* Dra. Ceci Mendes Carvalho Lopes
Doutora em Ginecologia, faz parte do Staff da Clínica Ginecológica do HCFMUSP
Especialista em Fitoginecologia.
Marcadores:
Fitoginecologia,
Tensão Pré-Menstrual
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Anticolinérgico e OnabotulinumtoxinaA para Incontinência Urinária por Urgência
Atualização
Artigo publicado no começo de outubro no New England Journal of Medicine, de autoria do Pelvic Floor Disorders Networ* mostra um artigo duplo-cego/duplo-placebo, controlado e randomizado envolvendo 249 mulheres com incontinência por urgência idiopática (sem doença neurológica) que apresentavam 5 ou mais episódios diários de perda urinária. Metade foi randomizada para uso de solifenacina 5 mg, com incremento para 10 mg se necessário (ou Trospium 60 mg) e a outra metade para injeção intradetrusor de 100 unidades de toxina botulínica (grupo de anticolinérgico foi submetido a injeção de solução salina). Ambos os grupos foram observados por 6 meses e comparados. A redução objetiva da frequencia diária das perdas foi idêntica em ambos os grupos. No grupo da toxina as pacientes tiveram menos boca seca e maior tendência em resolver completamente a urgência (27% versus 13% no grupo do antimuscarínico). Tiveram contudo mais infecção urinária e episódios de retenção urinária transitória.
O único senão do estudo foi não avaliar os custos de cada um dos tratamentos
* Anticholinergic Therapy vs. OnabotulinumtoxinA for Urgency Urinary Incontinence
Visco AG, Brubaker L, Richter HE, Nygaard I, Paraiso, MFR, Menefee SA, Schaffer J, Lowder J, Khandwalla S, Sirls L, Spino C, Nolen TL, Wallace D, Meikle SF. Pelvic Floor Disordes Network
N Engl J Med October 4, 2012 DOI: 10.1056/NEJMoa1208872 [Epub ahead]
Resenha Dr. Homero Guidi.
Artigo publicado no começo de outubro no New England Journal of Medicine, de autoria do Pelvic Floor Disorders Networ* mostra um artigo duplo-cego/duplo-placebo, controlado e randomizado envolvendo 249 mulheres com incontinência por urgência idiopática (sem doença neurológica) que apresentavam 5 ou mais episódios diários de perda urinária. Metade foi randomizada para uso de solifenacina 5 mg, com incremento para 10 mg se necessário (ou Trospium 60 mg) e a outra metade para injeção intradetrusor de 100 unidades de toxina botulínica (grupo de anticolinérgico foi submetido a injeção de solução salina). Ambos os grupos foram observados por 6 meses e comparados. A redução objetiva da frequencia diária das perdas foi idêntica em ambos os grupos. No grupo da toxina as pacientes tiveram menos boca seca e maior tendência em resolver completamente a urgência (27% versus 13% no grupo do antimuscarínico). Tiveram contudo mais infecção urinária e episódios de retenção urinária transitória.
O único senão do estudo foi não avaliar os custos de cada um dos tratamentos
* Anticholinergic Therapy vs. OnabotulinumtoxinA for Urgency Urinary Incontinence
Visco AG, Brubaker L, Richter HE, Nygaard I, Paraiso, MFR, Menefee SA, Schaffer J, Lowder J, Khandwalla S, Sirls L, Spino C, Nolen TL, Wallace D, Meikle SF. Pelvic Floor Disordes Network
N Engl J Med October 4, 2012 DOI: 10.1056/NEJMoa1208872 [Epub ahead]
Resenha Dr. Homero Guidi.
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Incontinência urinária
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