15/06/2010 Ricardo dos Santos Simões ME
Tema
Perfil dos glicosaminoglicanos no útero de ratas ooforectomizadas e tratadas com estrogênios e/ou progestagênios
Objetivo: Avaliar os efeitos dos estrogênios conjugados eqüinos (ECE), isolados ou associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sobre os glicosaminoglicanos do colo e do corno do útero de ratas. Métodos: 40 ratas adultas, após 30 dias de ooforectomia foram distribuídas em quatro grupos: GI - controle (veículo); GII - ECE (50 g/Kg, por dia); GIII - AMP (0,2 mg/Kg, por dia) e GIV - ECE (50 g/Kg, por dia) + AMP (0,2 mg/Kg, por dia). As substâncias foram administradas por gavagem por 28 dias consecutivos, sendo que ao final, após anestesia, o colo e o corpo do útero foram retirados e mergulhados em acetona para detecção e quantificação dos glicosaminoglicanos. Os glicosaminoglicanos sulfatados foram submetidos a eletroforese em gel de agarose e o ácido hialurônico a ensaio fluorimétrico (ELISA-like). Os resultados foram analisados pelo teste de t de Student e de ANOVA, complementado pelo teste de Tukey-Kramer (p<=0,05). Resultados: Foi detectada, em todos os grupos, maior concentração de glicosaminoglicanos sulfatados tanto no colo como nos cornos uterinos, em especial do dermatam sulfato. Já a concentração de ácido hialurônico foi maior no corno do que no colo. Com relação ao dermatam sulfato, os estrogênios promoveram incremento, tanto no colo quanto no corpo, sendo que a medroxiprogesterona bloqueou esta ação nos cornos uterinos. Os estrogênios e a medroxiprogesterona, por sua vez, apresentaram ação positiva nos níveis de heparam sulfato no colo do útero, já no corno este efeito foi atribuído à medroxiprogesterona. Conclusões: O perfil e a quantificação dos glicosaminoglicanos nas duas porções do útero de ratas são diferentes. Os glicosaminoglicanos sulfatados, em especial o dermatam sulfato, mostrou-se em maior concentração tanto no colo quanto no corno uterino. Os estrogênios e a medroxiprogesterona têm ação positiva nos glicosaminoglicanos sulfatados do colo, enquanto a medroxiprogesterona apresenta efeito antagônico no corno. O ácido hialurônico apareceu em maior concentração no corno do que no colo uterino.
terça-feira, 15 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Adenomiose em pacientes com endometriose profunda: aspectos clínicos, histológicos e radiológicos
01/06/2010 Midgley Gonzales DD
Tema
Adenomiose em pacientes com endometriose profunda: aspectos clínicos, histológicos e radiológicos
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a relação do diagnóstico, à ressonância magnética, de adenomiose com endometriose. Pacientes e Métodos: Entre fevereiro de 2004 e março de 2008 foram avaliadas 152 pacientes, com diagnóstico histológico de endometriose, as quais foram separadas em dois grupos de acordo com a presença (Grupo A) ou ausência de adenomiose (Grupo B), diagnosticadas ao exame de ressonância magnética. Foram analisadas a espessura da zona juncional e a presença de cistos intramiometriais como critérios principais para diagnóstico de adenomiose. Critérios secundários como acometimento da parede posterior uterina, "adenomiose subserosa", zona juncional até a serosa, zona juncional indefinida e adenomiose focal também foram avaliados. Os dados obtidos pela análise do exame de imagem foram correlacionados ao quadro clínico, estadiamento, local de acometimento e a classificação histológica da endometriose. Resultados: A prevalência de adenomiose em pacientes com endometriose foi de 42,76%. Pacientes com endometriose e adenomiose, diagnosticada à ressonância magnética, apresentaram, em relação ao grupo sem adenomiose maior queixa de dismenorréia severa ou incapacitante (61,53% no Grupo A e 44,83% no Grupo B, p=0,041) e dispareunia de profundidade (64,61% no Grupo A e 41,38% no Grupo B, p=0,005), maior associação com endometriose estádio IV (50,77% no Grupo A e 33,34% no Grupo B, p=0,03), mais endometriose localizada em retossigmóide (49,23% no Grupo A e 32,18% no Grupo B, p=0,033), maior associação com endometriose indiferenciada ou mista (52,31% no Grupo A e 34,48% no Grupo B, p=0,028). As pacientes com endometriose profunda, acometendo retossigmoide, e com estádio IV, apresentaram adenomiose, correlacionada a maiores espessuras de zona juncional, predominantemente em parede posterior do útero, e relacionada ao achado radiológico de cistos intramiometriais e adenomiose subserosa (p<0,05). Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que, neste estudo, observou-se correlação entre adenomiose e endometriose profunda de pior prognóstico, envolvendo principalmente o reto-sigmóide.
Tema
Adenomiose em pacientes com endometriose profunda: aspectos clínicos, histológicos e radiológicos
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a relação do diagnóstico, à ressonância magnética, de adenomiose com endometriose. Pacientes e Métodos: Entre fevereiro de 2004 e março de 2008 foram avaliadas 152 pacientes, com diagnóstico histológico de endometriose, as quais foram separadas em dois grupos de acordo com a presença (Grupo A) ou ausência de adenomiose (Grupo B), diagnosticadas ao exame de ressonância magnética. Foram analisadas a espessura da zona juncional e a presença de cistos intramiometriais como critérios principais para diagnóstico de adenomiose. Critérios secundários como acometimento da parede posterior uterina, "adenomiose subserosa", zona juncional até a serosa, zona juncional indefinida e adenomiose focal também foram avaliados. Os dados obtidos pela análise do exame de imagem foram correlacionados ao quadro clínico, estadiamento, local de acometimento e a classificação histológica da endometriose. Resultados: A prevalência de adenomiose em pacientes com endometriose foi de 42,76%. Pacientes com endometriose e adenomiose, diagnosticada à ressonância magnética, apresentaram, em relação ao grupo sem adenomiose maior queixa de dismenorréia severa ou incapacitante (61,53% no Grupo A e 44,83% no Grupo B, p=0,041) e dispareunia de profundidade (64,61% no Grupo A e 41,38% no Grupo B, p=0,005), maior associação com endometriose estádio IV (50,77% no Grupo A e 33,34% no Grupo B, p=0,03), mais endometriose localizada em retossigmóide (49,23% no Grupo A e 32,18% no Grupo B, p=0,033), maior associação com endometriose indiferenciada ou mista (52,31% no Grupo A e 34,48% no Grupo B, p=0,028). As pacientes com endometriose profunda, acometendo retossigmoide, e com estádio IV, apresentaram adenomiose, correlacionada a maiores espessuras de zona juncional, predominantemente em parede posterior do útero, e relacionada ao achado radiológico de cistos intramiometriais e adenomiose subserosa (p<0,05). Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que, neste estudo, observou-se correlação entre adenomiose e endometriose profunda de pior prognóstico, envolvendo principalmente o reto-sigmóide.
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