Pós-graduando: Wilson Maça Yuki Arie
Orientador: Prof. Dr. Vicente Renato Bagnoli
Data da defesa: 01/08/2000
A síndrome dos ovários policísticos é uma afecção que compromete boa parte da população jovem feminina causando-lhe sérios problemas psico-sociais e orgânicos. Alterações morfológicas nos ovários são atribuídas aos androgênios, porém resta saber se é a testosterona ou a diidrotestosterona a responsável por estas alterações. Para estudarmos esta questão, selecionamos 31 mulheres com SOP e as comparamos com 11 mulheres normais em uso de DIU, a seguir as mulheres com SOP foram randomizadas em um ensaio duplo cego para uso de finasterida ou placebo. Verificamos, por exeme ultra-sonográfico, que os ovários das mulheres com SOP são maiores e contém maior número de cistos que as mulheres normais, e que nas mulheres com SOP, o uso da finasterida não causou alterações ultra-sonográficas ao longo de 12 semanas. Como alguns autores não aceitam que mulheres com hiperplasia adrenal congênita possam ser portadoras da SOP, selecionamos 11 das 31 mulheres por terem hipernadrogenemia e níveis normais de 17alfa-hidroxiprogesterona; nas mulheres assim selecionadas, que também exibiam os ovários maiores e com maior número de cistos que as mulheres normais usuárias de DIU, não encontramos diferenças ultra-sonográficas durante o uso da finasterida. Concluímos que na SOP, ao bloquearmos a transformação de testosterona em diidrotestosterona não houve diminuição do volume e número de cistos nos ovários, mostrando que nos ovários, possivelmente, o androg~enio atuante é a testosterona.
terça-feira, 1 de agosto de 2000
Assinar:
Postagens (Atom)